Com a troca no comando da Petrobras definida na noite da segunda-feira (28/03), a União encaminhou à empresa nova lista com indicações para a eleição ao conselho de administração da companhia, escolha que será feita em Assembleia Geral Ordinária (AGO) marcada para 13 de abril.
O Valor Econômico apurou, no entanto, que até agora nenhum dos nomes indicados, nem mesmo os da lista original, publicada em 9 de março, foi analisado pelo Comitê de Pessoas (Cope) da empresa. Na lista divulgada segunda-feira houve substituição de dois nomes em relação aos candidatos anteriores da União. Foi incluído Adriano Pires, indicado para assumir a presidência da estatal no lugar do general da reserva Joaquim Silva e Luna. Também foi indicado Eduardo Karrer no lugar de Murilo Marroquim. Os demais nomes da União seguem os mesmos.
Na assembleia de abril, Pires será eleito conselheiro de administração e, na sequência, confirmado pelo conselho como o novo presidente da empresa.
“Brasil vai ser o maior gerador de créditos de carbono”, diz Wilson Ferreira Junior
O jornal O Estado de S. Paulo traz, na edição desta quarta-feira (30/03), uma entrevista com Wilson Ferreira Junior, presidente da Vibra Energia, antiga BR Distribuidora. Entre outros temas, o executivo falou sobre mudanças climáticas e eventos relacionados, como a falta de chuvas que afetou diversos estados brasileiros em 2021.
Os eventos climáticos, adverte Ferreira Junior, “estão levando a uma consciência ambiental muito maior, não só entre governos, mas entre empresas e pessoas”.
Nesse contexto, diz ele, o Brasil tem um bom horizonte pela frente: 85% de sua energia elétrica é renovável, um índice muito acima dos 24% de média mundial. E, graças às decisões aprovadas na COP-26, terá ótimas condições para acumular créditos de carbono e vendê-los no mercado internacional. “A transição energética vai ocorrer. E o ponto fundamental é que vamos ser o maior gerador de créditos de carbono do planeta”.
Planos começam a incluir questão climática
Reportagem do Valor Econômico indica que Salvador, Rio de Janeiro e Campinas (SP) estão entre os três municípios brasileiros que se destacam na América Latina no modo como estão gerenciando questões climáticas, segundo levantamento do CDP, organização internacional que mede o impacto ambiental de empresas e governos.
Junto com o Iclei (Governos Globais pela Sustentabilidade), o CDP mantém a plataforma CDP Cities, onde municípios reportam seus planos de ação climática, que são avaliados anualmente pelas instituições. Em 2021, 297 cidades na América Latina divulgaram suas informações ambientais, sendo 94 no Brasil, somando uma população de 56,1 milhões.
Em comparação a 2020, houve crescimento de 32% no número de ações de mitigação das mudanças climáticas reportados pelos municípios e de 18% nas ações de adaptação. Também cresceu 46% o total de projetos que buscam financiamento para políticas em prol do clima. O CDP Cities pontua o desempenho das cidades, o que auxilia o município a entender e monitorar suas ações – em 2021, 20 cidades foram classificadas na liderança, o dobro de 2020.
“Isso demonstra que as cidades na região estão progredindo, elaborando planos de ação, estudos de vulnerabilidade e inventário de gases de efeito-estufa”, afirma Rebeca Lima, diretora executiva do CDP.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da edição de hoje (30/03) do jornal O Globo são as declarações feitas pelo general Joaquim Silva e Luna, após o anúncio de sua demissão do comando da Petrobras. Na primeira manifestação pública após ser demitido, Silva e Luna disse ontem que a estatal, por lei, não pode fazer política pública com os preços dos combustíveis e “menos ainda” política partidária. Afirmou também que não há espaço para “aventureiros” na empresa.
“A empresa está bem cuidada, tem uma governança muito forte. Não tem lugar para aventureiros, não cabe. Uma andorinha só não faz verão. As decisões são coletivas. As decisões passam por várias instâncias” — disse o general, durante evento no Superior Tribunal Militar (STM).
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O Valor Econômico informa que o mero de transações feitas via Pix no 4º trimestre de 2021 foi maior que o realizado com cartões de crédito e débito. Com isso, o sistema eletrônico criado pelo Banco Central assumiu a liderança entre as ferramentas de pagamento. A maior parte das operações é de transferência entre pessoas físicas, mas há um aumento da participação também no segmento de empresas. Para especialistas, o Pix deve seguir crescendo, mas fatores ligados à segurança e tecnologia podem limitar o avanço.
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A três dias do fim do prazo que autoriza as trocas partidárias, legendas que estão alinhadas com o governo de Jair Bolsonaro ganharam adesões, reforçando a base de apoio para a campanha do presidente à reeleição. O PL, partido de Bolsonaro, é a sigla que mais cresce com a chamada janela partidária na Câmara. Integrante do Centrão, a agremiação elegeu 33 deputados em 2018. Após a chegada de bolsonaristas, sua bancada dobrou: somava 66 deputados até a terça-feira, 29. A representação de outras legendas da base governistas também cresceu. (O Estado de S. Paulo)
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O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a primeira redução de ataques sem motivação humanitária desde o começo da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro. A pasta diz que vai “reduzir drasticamente a atividade militar em torno de Kiev e Tchernihiv”. A motivação oficial é facilitar as negociações de paz que recomeçaram em modo presencial em Istambul, com a presença do próprio presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, nesta terça (29). Mas a medida, se vingar, também dá tempo ao Kremlin para adaptar seu discurso sobre a guerra. (Folha de S. Paulo)