Maria Clara Machado

Maria Clara Machado

Especialistas pedem ‘pragmatismo’ em discussões sobre hidrogênio e emissões de combustíveis

Biocombustíveis

Especialistas pedem ‘pragmatismo’ em discussões sobre hidrogênio e emissões de combustíveis

O desafio da transição energética exigirá soluções variadas, aproveitando as potencialidades regionais. A diversidade de combustíveis nesse processo e o pragmatismo das discussões foram apontadas por especialistas durante o evento “Transição energética no mar - visão do Brasil”. Para Izabela Teixeira, conselheira do BNDES e ex-ministra do Meio Ambiente (2010-2016), as soluções passam por países do chamado ‘sul global’. Ela participou de painel nesta segunda-feira, 29 de abril, no evento que está sendo realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

O coordenador dos Grupos Técnicos, Aloizio Mercadante, participa do evento de encerramento dos trabalhos dos grupos técnicos do Gabinete de Transição

Economia e Política

BNDES vai dedicar R$ 1,6 bilhão para setor de óleo e gás e planeja edital sobre indústria naval

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante, afirmou que cerca de R$ 1,6 bilhão do Fundo da Marinha Mercante, sobre o qual o BNDES responde por 75%, será dedicado a projetos de óleo e gás. Fazem parte deste escopo projetos de descomissionamento, módulos para FPSOs, embarcações de apoio e navios-tanque. Também há expectativa de projetos com “maior descarbonização”. No total, o Fundo da Marinha Mercante deve investir R$ 6,6 bilhões neste ano, com mais R$ 5 bilhões em infraestrutura e logística, incluindo transporte fluvial. Com isso, há um salto de sete vezes nos investimentos do Fundo, que somaram R$ 707 milhões em 2023, sendo R$ 484 milhões para a área de óleo e gás.

Solar complementada por baterias deve se tornar uma das fontes mais competitivas, estima IEA

Inovação

Solar complementada por baterias deve se tornar uma das fontes mais competitivas, estima IEA

A implantação de baterias no setor de energia cresceu 42 GW em 2023, um aumento de 130% na comparação anual, segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Assim, havia 85 GW instalados no setor em 2023. Entretanto, para atingir as emissões zero até 2030, a agência calcula que o montante precisará aumentar 14 vezes, chegando a 1,2 mil GW, de forma a dar segurança a uma geração solar e eólica três vezes superior à atual.

Rio de Janeiro – Edifício sede do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Sustentabilidade

Faltam subsídios para novas tecnologias e Petrobras terá que correr riscos na transição, diz BNDES

Diante dos altos custos de novas tecnologias para a descarbonização, como hidrogênio verde e SAF (combustível sustentável de aviação, na sigla em inglês), a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, avalia que empresas de petróleo e gás precisam se expor mais a riscos.

Eólica offshore/ Crédito: Equinor

Empresas

Geração renovável da Equinor cresce 48% no 1º tri, mas prejuízo do negócio cresce

A norueguesa Equinor atingiu geração renovável de 774 GWh no primeiro trimestre de 2024, o que representa um aumento de 48% na comparação anual. A geração proveniente da aquisição da Rio Energy no Brasil foi apontada como a principal contribuição para o aumento na geração da Equinor no período. No período, a usina Mendubim, em que a Equinor tem participação de 30%, também iniciou sua operação comercial. O desempenho está alinhado às projeções da empresa, que espera dobrar a produção renovável na comparação com 2023.

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Resultados

Com ventos fracos e venda de usinas, geração da Voltalia no Brasil cai 8% no trimestre

No primeiro trimestre de 2024, a produção da Voltalia no Brasil foi de 728 GWh, considerando os 708 GWh produzidos por projetos da Voltalia e os 20 GWh produzidos pela divisão Helexia. O montante representa uma queda de 8,2%, na comparação anual. Segundo a empresa, a redução se deve aos ventos mais fracos em função do enfraquecimento do fenômeno El Niño e à venda dos ativos Vila Acre 1 e 2, que totalizam 58,5 MW, ocorrida no final de 2023.

Estudo aponta caminhos para ampliar mercado de gás e Alckmin sugere ‘pente fino’ em preços

Mercado energético

Estudo aponta caminhos para ampliar mercado de gás e Alckmin sugere ‘pente fino’ em preços

Diagnóstico sobre a abertura do mercado de gás natural no Brasil aponta que a diversificação do mercado acontece de forma desigual entre as regiões do país, com o Nordeste menos concentrado do que o Sudeste – e que, na região com maior concorrência, a diferença de preços com a Petrobras pode chegar a 30%. O estudo também aponta gargalos nas regulações estaduais e indica caminhos para que a abertura do mercado se intensifique nos próximos anos.

EPE revisa para cima demanda de combustíveis, com crescimento de 1,3% para 2024

Combustíveis

EPE revisa para cima demanda de combustíveis, com crescimento de 1,3% para 2024

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revisou sua projeção de demanda de combustíveis para 2024 e 2025, com aumento no consumo esperado. Para 2024, o consumo deve ser de 153,2 bilhões de litros, com crescimento de 1,3%, e para 2025 a demanda deve chegar a 158,2 bilhões de litros, com crescimento de 3,3%. As perspectivas anteriores, publicadas em fevereiro deste ano, eram de crescimento de 0,8% em 2024 e 3% para 2025.

Hidrogênio verde deve ser priorizado na indústria, aviação e navegação, diz estudo

Hidrogênio

Hidrogênio verde deve ser priorizado na indústria, aviação e navegação, diz estudo

O hidrogênio verde é essencial para descarbonizar setores como indústria e transporte no Brasil, mas os recursos naturais do país devem ser priorizados na produção de eletricidade, pois a produção de hidrogênio apresenta eficiência menor do que outras tecnologias de baixo carbono. A conclusão é de um relatório desenvolvido pelo Instituto E+ Transição Energética em parceria com o think tank alemão Agora Industry.

MME enquadra mais 1,77 GW em 44 projetos de eólica e solar no Reidi

Destaques do Diário

MME enquadra mais 1,77 GW em 44 projetos de eólica e solar no Reidi

A Secretaria de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou mais 44 novos projetos de geração solar fotovoltaica e eólica no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). No total, os projetos têm 1,77 GW de potência instalada. As aprovações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 22 de abril.

Eletrobras aposta em soluções preditivas contra eventos climáticos extremos

Empresas

Eletrobras aposta em soluções preditivas contra eventos climáticos extremos

Diante das mudanças climáticas, a Eletrobras está desenvolvendo novas ferramentas de previsão de eventos extremos para preparação antecipada das suas respostas. “Tentar entender o que vai acontecer nos ecossistemas do planeta e do Brasil nos próximos anos nos ajuda a planejar a nossa infraestrutura para fazer frente a isso”, diz Juliano Dantas, vice-presidente de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento, Digital e Tecnologia da Informação da Eletrobras.

Projeto estuda hidrogênio como combustível para embarcações de operações offshore

Hidrogênio

Projeto estuda hidrogênio como combustível para embarcações de operações offshore

As empresas Shell Brasil, Ocyan (ex-Odebrecht Óleo e Gás) e LZ Energia estão desenvolvendo um projeto para estudar o uso de hidrogênio como combustível para embarcações marítimas, como navio-sonda e navio-tanque. A tecnologia busca reduzir o consumo de combustível com a produção inteligente de hidrogênio nas próprias embarcações. Segundo os estudos, as emissões de carbono podem ser reduzidas em até 10%, mesmo que o hidrogênio seja feito a partir de combustíveis fósseis.

EDP quer ampliar uso de soluções robóticas em usinas solares fotovoltaicas

Inovação

EDP quer ampliar uso de soluções robóticas em usinas solares fotovoltaicas

Com plantas solares cada vez maiores e instaladas em locais remotos, a EDP planeja automatizar as atividades de operação e manutenção dos parques. Segundo o gerente de projetos sênior da EDP New, Daniel Albuquerque, o objetivo é tornar estas tarefas “completamente autônomas e sem intervenção humana”. Albuquerque conversou com jornalistas nesta quinta-feira, 18 de abril, durante o Web Summit Rio. No evento, estava em exibição um robô para limpeza de painéis solares, que já está em operação no Brasil.