Poliana Souto

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Renovação de concessões deve considerar cenário atual do setor e características do Rio, diz CEO da Light

Resultados

Renovação de concessões deve considerar cenário atual do setor e características do Rio, diz CEO da Light

Em sua primeira teleconferência para apresentação de resultados como CEO da Light, Alexandre Nogueira afirmou que a distribuidora espera que as diretrizes sobre a renovação do seu contrato de concessão sejam condicionadas ao momento atual do setor elétrico brasileiro e às especificidades do Rio Janeiro. O contrato de concessão da distribuidora, responsável por atender 12 milhões de consumidores em 31 cidades do estado, se encerra em junho de 2026 e a empresa manifestou o interesse de renovar o seu contrato, por mais 30 anos, em junho do ano passado. Segundo Nogueira, a Light tem mantido um diálogo com o poder concedente sobre o tema. “Estamos conversando com o poder concedente para renovação da concessão, por meio de um contrato que leve em consideração o momento atual do setor e as especificidades do estado, que experimentou nos últimos anos uma acentuada retração do mercado e um índice de furtos de energia acima da média nacional”, disse o executivo nesta terça-feira, 26 de março. A Light é uma das 21 distribuidoras que aguardam a publicação do decreto sobre as concessões pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A decisão do poder concedente era esperada até 17 de janeiro deste ano, 18 meses antes do término do contrato da primeira distribuidora da lista, a EDP Espírito Santo. Apesar do atraso, em entrevista recente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que está dentro do prazo legal.   >> Se TCU tivesse avaliado diretrizes, decreto sobre distribuidoras já teria saído, diz ministro. Para a Light, a publicação do decreto pode facilitar o trabalho de estabilização financeira da companhia. Em fevereiro, a distribuidora protocolou na Justiça um aditamento ao seu plano de recuperação judicial apresentado em julho do ano passado, em que prevê aporte de até R$ 1,5 bilhão no caixa da empresa, sendo R$ 1 bilhão pelos acionistas de referência. Segundo Nogueira, as conversas com credores sobre o plano estão “evoluindo” e uma solução deve ser apresentada até 25 de abril, data de assembleia com os credores.   “No âmbito de negociação com credores, buscamos um plano de recuperação judicial que de saúde financeira e viabilize a recuperação da empresa, garantindo os investimentos necessários para qualidade da operação quanto o pagamento da dívida. Essas conversas estão evoluindo e acreditamos em uma solução próxima”, disse Nogueira. Resultados A Light contabilizou lucro líquido de R$ 49,6 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo prejuízo líquido de R$ 619,6 milhões da mesma etapa de 2022. A receita operacional líquida subiu 19,7%, a R$ 3,9 bilhões no período. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado alcançou R$ 619,1 milhões, revertendo o resultado negativo de R$ 53,4 milhões. No período, a geração das usinas da distribuidora totalizou 394 MW médios e foi 10% inferior ao verificado na mesma fase do ano anterior. Segundo a Light, o resultado é justificado pela redução da afluência e esvaziamento dos reservatórios no período.

Proposta de Haddad abre novo caminho para dívidas de estados e futuro da Cemig

Economia e Política

Proposta de Haddad abre novo caminho para dívidas de estados e futuro da Cemig

O Ministério da Fazenda apresentou na manhã desta terça-feira, 26 de março, uma proposta de renegociação da dívida dos estados, em que sugere uma redução dos juros aos entes que ampliarem as suas matrículas no ensino médio técnico. O programa, chamado de “Juros por Educação”, abre uma nova sugestão para o pagamento de R$ 740 bilhões em débitos e pode trazer um caminho alternativo ao plano que levaria à federalização da estatal mineira Cemig.

Handshake Business Men Concept

Hidrogênio

Absolar e ApexBrasil anuncia parceria para atração de capital estratégico para cadeia de suprimentos

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) anunciaram uma colaboração para atrair investimentos estrangeiros para a cadeia nacional de suprimentos envolvida no desenvolvimento de projetos para a transição energética, com destaque para o desenvolvimento da fonte solar, do hidrogênio verde e do armazenamento por baterias.  

The smoke coming out of factories in an industrial area

Destaques do Diário

Decreto cria comitê interinstitucional da Taxonomia Sustentável

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto, publicado nesta segunda-feira, 25 de março, no Diário Oficial da União, instituindo o Comitê Interinstitucional da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB). A taxonomia faz parte do Plano de Transformação Ecológica, coordenado pelo Ministério da Fazenda. A equipe é a instância máxima de deliberação da governa da iniciativa e será composta por 22 ministérios, duas superintendências, pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Ministério da Fazenda presidirá o comitê, que será responsáveis por elaborar e aprovar o regimento interno; acolher os planos e as iniciativas de formulação e implementação da iniciativa; e monitorar a implementação da TCB e avaliar os seus resultados. Além disso, o time também deve criar grupos técnicos, que definirão os critérios e limites de impacto ambiental e climático para atividades, ativos e projetos estabelecidos pelo comitê; desenvolverão índices correspondentes aos objetivos sociais estabelecidos no plano; e instituirão um sistema de relato, monitoramento e verificação dos fluxos de investimentos alinhados aos objetivos da Taxonomia Sustentável, no âmbito de suas competências. Segundo o decreto, o comitê se reunirá, em caráter ordinário, bimestralmente e, em caráter extraordinário, mediante convocação de seu presidente, que poderá convidar especialistas e técnicos representantes de outros órgãos e entidades, públicas e privadas, para participar das reuniões, sem direito a voto.

Copel abre estações de verão em Caiobá e Guaratuba Unidades de atendimento aos veranistas terão wifi e empréstimo de bicicletas elétricas – Curitiba, 12/12/2018 – Foto: Divulgação Copel

Distribuição

Copel é alvo de denúncia por interrupções de energia por deputados do Paraná

As interrupções de energia elétrica no Paraná foram discutidas em audiência pública na Assembleia Legislativa do estado (Alep), que teve a Copel na lista de convidados, realizada nesta semana. A companhia não mandou representantes para a sessão e os deputados presentes informaram a pretensão de encaminhar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma denúncia contra a empresa.

Com altos custos e sem aprovação de CVU, UTE Potiguar tem operação suspensa

Destaques do Diário

Com altos custos e sem aprovação de CVU, UTE Potiguar tem operação suspensa

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atendeu ao pedido da UTE Potiguar e suspendeu a operação comercial das unidades geradoras da usina num total de 53,1 MW. Segundo nota técnica, sem Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEARs) e aguardando a aprovação do Custo Variável Unitário (CVU) Merchant pela diretoria colegiada para retornar à operação, a titular optou pela medida devido aos altos custos do projeto.

São Paulo (SP), 17/03/2023 – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, na abertura da feira de negócios Expo Favela 2023. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Distribuição

Após novo apagão, Nunes vai pedir para Aneel e TCU intervenção municipal em concessões

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), vai entrar com uma representação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a Enel São Paulo e pretende propor que os municípios façam intervenções nas concessões federais que prestam serviços nas cidades, sob a justificativa de que as áreas ficam de “mãos atadas” em casos de descumprimento na prestação de serviço no modelo atual.

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Micro e minigeração distribuída

Indícios de irregularidade em venda de MMGD causou "inquietude" no setor, afirma ABGD

A indicação do Tribunal de Contas da União (TCU) de que vai analisar indícios de venda ilegal de energia elétrica através do micro e minigeração distribuída (MMGD) para consumidores do mercado regulado causou “inquietude” entre atores do setor, dada “as potenciais implicações para a geração distribuída”, segundo Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

Para Lira, GD é “polêmica que nunca para” e regras precisam ser revisadas

Congresso

Para Lira, GD é “polêmica que nunca para” e regras precisam ser revisadas

As diretrizes da geração distribuída (GD) precisam ser revisadas devido ao alto custo gerado nas contas de energia dos consumidores brasileiros, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Aquela polêmica que nunca para. A gente vai ter que voltar a revisitar esse tema, pelo custo da tarifa de energia que está sendo arcado pela população que tem menos acesso à energia solar”, disse o parlamentar durante seminário promovido pelo grupo Esfera e pela Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB) nesta terça-feira, 19 de março. No momento, a GD solar soma 27,45 GW de capacidade instalada no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) divulgados em fevereiro. Conforme dados do subsidiômetro da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente, a modalidade contabiliza R$ 1,72 milhões em subsídios – responsáveis, em média, por 13,16% das contas dos consumidores, que totalizando R$ 5,5 milhões.