Rodrigo Polito

Rodrigo Polito

Consumo final de energia do Brasil retoma patamar pré-covid

Consumo

Consumo final de energia do Brasil retoma patamar pré-covid

O consumo final de energia no Brasil no ano passado retomou aos patamares de antes da pandemia de covid-19. De acordo com o relatório síntese do Balanço Energético Nacional (BEN) 2022, com base no ano de 2021, lançado nesta terça-feira, 31 de maio, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo final de energia do país no ano passado alcançou 262,2 milhões de megatoneladas equivalentes de petróleo (Mtep), com alta de 3,5%, em relação a 2020, marcado pela pandemia, e 0,9% acima do observado no ano anterior. “Basicamente retomamos o consumo final de energia de 2019”, afirmou o presidente da EPE, Thiago Barral, à MegaWhat. “Em 2020, houve uma queda de 2%, em relação a 2019. E agora em 2021, houve um crescimento de 3,5% em relação a 2020”, completou. O mesmo movimento foi observado com relação ao consumo de energia apenas no setor de transportes, que alcançou 85,1 Mtep em 2021, 0,4% acima do observado em 2019, período pré-pandemia de covid-19. Em 2020, o consumo no setor de transportes havia recuado 6,4%, em relação a 2019.

Brasília – Postos de combustíveis ajustam os preços e repassam para o consumidor o aumento da alíquota do PIS e Cofins pelo litro da gasolina(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Diesel

Importadores veem risco de desabastecimento de diesel no país no 2º semestre

Os importadores de combustíveis enxergam risco no suprimento de diesel para o país, principalmente no segundo semestre, caso o preço do produto não seja alinhado ao mercado internacional. De acordo com a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), os segmentos mais vulneráveis são aqueles de menor porte, que não possuem contrato de longo prazo, como revendedores de combustíveis e empresas de ônibus e transportes. “A expectativa é que o preço do petróleo deve disparar. [...] Se a Petrobras não alinhar seus preços, não vai ter produto, não. Acho que vai ter falta, sim. [...] Acho que é um risco muito grande manter uma defasagem nos níveis que estão mantidas agora”, afirmou o presidente da Abicom, Sérgio Araujo.

Auditor aponta risco em hidrelétrica de Furnas às vésperas de privatização da Eletrobras

Empresas

Auditor aponta risco em hidrelétrica de Furnas às vésperas de privatização da Eletrobras

(Com Natália Bezutti) A Eletrobras reapresentou nesta sexta-feira, 27 de maio, o formulário de informações trimestrais (ITR), relativo ao primeiro trimestre deste ano, um lucro de R$ 2,7 bilhões, e que será utilizado na capitalização da companhia. O motivo da reapresentação foi a inclusão de um comentário do auditor independente, a PricewaterhouseCoopers (PwC), com relação a uma potencial inadimplência da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira (RO), com impactos significativos para Furnas, subsidiária da Eletrobras. O problema remete a uma condenação arbitral da Santo Antônio Energia, cuja maior acionista é Furnas, com 43%. Para fazer frente às despesas, Furnas foi a única das sócias disposta a acompanhar um aumento de capital para cobrir a dívida.  Em despacho publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira e assinado pela superintendente adjunta da superintendência de fiscalização econômica e financeira da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a autarquia aprovou a transferência do controle acionário da Santo Antônio Energia para Furnas, "condicionada à realização da operação nos termos do pedido".

Leilão de térmicas em setembro pode reduzir demanda em outros leilões e no mercado livre

Mercado Livre

Leilão de térmicas em setembro pode reduzir demanda em outros leilões e no mercado livre

O primeiro leilão de reserva de capacidade para contratação de 2 gigawatts (GW) de novas termelétricas a gás natural, no âmbito da Lei 14.182/2021, que trata da privatização da Eletrobras, marcado para 30 de setembro, tende a aumentar o custo da energia no país e reduzir a demanda nos ambientes de negócios regulado e livre, de acordo com especialistas ouvidos pela MegaWhat. Na última semana, terminou o prazo para o envio de contribuições na consulta pública aberta este mês pelo Ministério de Minas e Energia para discutir a proposta de diretrizes para o leilão, que deverá contratar termelétricas no Norte e Nordeste. Ao todo, foram enviadas 23 contribuições para o certame, que tem sido chamado por alguns de “leilão dos jabutis”, em referência ao que

ANP nega crise de abastecimento de GLP no país

Óleo e Gás

ANP nega crise de abastecimento de GLP no país

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) assegurou nesta terça-feira, 24 de maio, que o abastecimento nacional de gás liquefeito de petróleo (GLP), também conhecido como “gás de cozinha”, se mantém regular. O posicionamento da autarquia é uma resposta a questionamento feito pela MegaWhat, a partir da afirmação feita pelo diplomata e ex-secretário-executivo da agência petrolífera Luís Fernando Panelli de que havia “problemas sérios de abastecimento” de GLP no país.

Brasil vive crise de abastecimento de GLP, diz ex-ANP

Óleo e Gás

Brasil vive crise de abastecimento de GLP, diz ex-ANP

O Brasil passa por uma crise de abastecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP), também conhecido como gás de cozinha, afirmou o diplomata e ex-secretário-executivo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Luís Fernando Panelli, nesta segunda-feira, 23 de maio. Segundo ele, esse cenário pode ter implicações para o processo eleitoral do segundo semestre. “Cerca de 90% da população [brasileira] consome GLP. Estamos com problemas sérios de abastecimento. As pessoas voltaram a usar lenha e biomassa, e falta gás no mercado brasileiro”, afirmou Panelli, que também é especialista em energia, durante evento produzido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e transmitido via internet. No encontro, Panelli defendeu a política de preços de combustíveis alinhada com o mercado internacional. Nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados poderá voltar projeto de lei complementar que estipula o teto de 17% para alíquota do ICMS para combustíveis e energia elétrica.

Governo define bases de mercado de créditos de carbono, mas sem horizonte para implantação

Sustentabilidade

Governo define bases de mercado de créditos de carbono, mas sem horizonte para implantação

(Com Camila Maia) O decreto 11.075/2022, que regulamenta as bases do mercado de crédito de carbono brasileiro, indica as diretrizes para a constituição desse novo ambiente de negócios. No entanto, a ausência de um prazo estipulado para o estabelecimento das regras dos planos setoriais de mitigação das mudanças climáticas e do Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Sinare) gera incertezas sobre quando o mercado vai funcionar, de acordo com especialistas ouvidos pela MegaWhat. “O decreto estabelece quais vão ser os procedimentos para a elaboração dos planos setoriais. Mas não sabemos ainda quais serão as