Rodrigo Polito

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Eleições precisam discutir transição e segurança energética, diz Ferreira

Consumo

Eleições precisam discutir transição e segurança energética, diz Ferreira

Nome conhecido no setor elétrico brasileiro, o jornalista Rodrigo Ferreira assumiu em janeiro a presidência executiva da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), com uma agenda baseada na abertura e segurança do mercado livre e no aperfeiçoamento do modelo de formação de preços no Brasil. Ele, no entanto, acrescenta uma meta pessoal: aproximar o complexo assunto energia elétrica à sociedade. “Sobretudo se a abertura se viabilizar, teremos esse desafio de aproximar o mundo da energia para a sociedade”, afirmou. Nascido e criado no setor elétrico – o executivo é filho de Celso Ferreira, engenheiro eletricista com longa e reconhecida carreira na Eletrobras – Rodrigo notabilizou-se pela fundação do Canal Energia, empresa de jornalismo, eventos e treinamento especializada em energia elétrica, da qual esteve à frente entre 2000 e 2020. Em entrevista à MegaWhat, Ferreira comenta sobre os principais temas em discussão no mercado hoje, como o projeto de lei 414/2021, da modernização do setor, que ele espera que seja votado a partir da próxima semana, e defende que o tema energia elétrica seja amplamente discutido pelos presidenciáveis nas eleições deste ano. “O mercado livre precisa estar na pauta de discussão das eleições, porque ele tem condições de dar um choque de eficiência no mercado. E os candidatos precisam se posicionar sobre as suas visões de transição energética, o papel das renováveis e o papel do consumidor”, disse. Confira abaixo os principais trechos da entrevista: MegaWhat – O que esperar do PL 414/2021? Há expectativa de que o texto volte ao Senado? Rodrigo Ferreira – Tem que voltar para o Senado. No Senado, eles [senadores] têm duas opções. Ou aprovar as

Bandeira tarifária deve ficar verde até o fim do ano, estima ONS

Consumo

Bandeira tarifária deve ficar verde até o fim do ano, estima ONS

O período seco de 2022, que começa no fim deste mês, deverá ser mais tranquilo, em relação ao do ano passado, quando houve a crise hídrica, afirmou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, nesta segunda-feira, 11 de abril. Segundo o executivo, não há previsão de acionamento de termelétricas fora da ordem de mérito, e a bandeira tarifária deverá permanecer na cor verde até o fim do ano. “A expectativa até o fim do ano é de trabalharmos dentro da ordem de mérito. E a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], que é a responsável pelo estabelecimento de bandeiras, isso só será confirmado ao longo dos meses, deve estar operando com bandeira verde, como também foi discutido na reunião do CMSE [Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico]”, disse Ciocchi, durante entrevista coletiva sobre o fim do período úmido deste ano, realizada virtualmente. "Nossa expectativa é que o setor elétrico não vai afetar o bolso do consumidor de energia este ano", completou.

É errado privatizar Eletrobras antes de reforma do setor, diz especialista

Empresas

É errado privatizar Eletrobras antes de reforma do setor, diz especialista

O governo deveria suspender o plano de privatização da Eletrobras e priorizar uma reforma do mercado de energia elétrica brasileiro, para assegurar a expansão de fontes renováveis sem causar um colapso no setor ou um aumento do custo da energia. A opinião é de Clarice Ferraz, doutora em ciências econômicas e sociais, pesquisadora do Grupo de Economia da Energia (GEE) do Instituto de Economia da UFRJ e diretora do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (Ilumina). “Não se faz uma privatização enquanto há uma reforma em discussão. As regras estão mudando. Essa alteração muda o preço do ativo. Primeiro deve se definir as regras do setor para depois precificar os valores dos ativos”, afirmou Ferraz, em entrevista à MegaWhat. “Sou profundamente crítica à privatização [da Eletrobras] pelos ativos que ela tem e dos quais não pode abrir mão”. A avaliação da especialista faz parte de material que o Ilumina está preparando para encaminhar na próxima semana ao Tribunal de Contas da União (TCU), na qualidade de “Amicus Curiae”, ou seja, com o intuito de fornecer mais elementos para a tomada de decisão pelo órgão, que deverá deliberar sobre trâmites do plano de privatização da elétrica. Nesta quinta-feira, 7 de abril, o TCU realiza uma espécie de audiência pública para tratar do tema, com

Saulo Cruz

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Sindicatos questionam evento do TCU sem participação de críticos da privatização da Eletrobras

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) enviou ofício ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, relator do processo de privatização da Eletrobras no órgão, solicitando a participação como debatedor em uma audiência pública que será organizada pelo tribunal na próxima quinta-feira, 7 abril, para discutir o plano de desestatização da companhia. “Na qualidade de Amicus Curiae do processo de desestatização da Eletrobras que tramita no Tribunal de Contas da União, vimos solicitar a participação do Coletivo Nacional dos Eletricitários na condição de painelista/debatedor”, afirmou o CNE, em documento assinado na última segunda-feira, 4 de abril, e enviado ao ministro. De acordo com lideranças do CNE, até o momento, não houve uma resposta do TCU sobre a possibilidade de participação, como debatedor, da entidade ou de qualquer outra instituição representante dos funcionários da Eletrobras ou de posição contrária à privatização.