O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do lançamento da Aliança Global para Biocombustíveis neste sábado, 9 de setembro, na Índia, em cerimônia ocorrida à margem da Cúpula do G20. O lançamento em Nova Delhi contou com a presença dos presidentes da Argentina, Alberto Fernández, dos Estados Unidos, Joe Biden, e com primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
A iniciativa, que conta com a participação dos três principais produtores de biocombustíveis do mundo – Brasil, Estados Unidos e Índia -, reúne 19 países e 12 organizações internacionais com o objetivo de ampliar a cooperação técnica e tecnológica visando à expansão de biocombustíveis, a descarbonização do setor de transportes e a transição energética.
“Todo mundo sabe que o Brasil é o país que tem uma tradição, quase que de 50 anos, na produção de etanol. Todo mundo sabe o que tentamos fazer para que o mundo adotasse os biocombustíveis como alternativa ao petróleo. Já faz tempo, antes de qualquer crise de petróleo. É porque achamos que o mundo precisa ser despoluído”, disse ele.
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De acordo com dados da Agência Internacional de Energia, a produção global de biocombustíveis sustentáveis precisa triplicar até 2030 para que o mundo possa alcançar emissões líquidas zero até 2050.
Os biocombustíveis líquidos forneceram mais de 4% do total de energia para os transportes em 2022, mas seu uso ainda tem grande potencial de crescimento. O uso de biocombustíveis na aviação e na navegação, para reduzir as emissões dos respectivos setores, aumentará ainda mais o consumo mundial e a necessidade de ampliação do número de fornecedores.
Sobre a transição energética, Lula falou sobre a importância da experiência brasileira na produção de fontes renováveis e não poluentes. Para ele, o Brasil tem muito a ensinar nesse campo para os outros países, além de muita tecnologia.
“Vamos colocar na ordem do dia a questão da transição energética. O Brasil tem um potencial extraordinário na produção de energia limpa. Hoje, já temos, praticamente, da nossa energia elétrica, quase 90% totalmente limpa. E, no conjunto de energia, temos 50% contra 15% do restante do mundo. Então, nessa questão de combustível e energia limpa, o Brasil tem muito a ensinar aos outros países e, por isso, queremos compartilhar aquilo que somos capazes de produzir”, explicou.
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