O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 99,8 milhões para a implantação de uma usina de produção de biometano no aterro sanitário Minas do Leão, localizado na cidade homônima, no Rio Grande do Sul.
Cerca de R$ 56,5 milhões foram repassados do Fundo Clima, sendo o primeiro subsídio da linha para produção de biometano a partir de resíduos sólidos urbanos. Já o restante, R$ 43,2 milhões, são provenientes do BNDES Finem, linha de financiamento do banco para projetos de investimentos, públicos ou privados, voltados para geração e aumento de capacidade produtiva.
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O financiamento corresponde a cerca de 80% do investimento total de R$ 125,3 milhões que será realizado pela Biometano Sul, Sociedade de Propósito Específico (SPE) criada para a produção de biometano no local, com controle do grupo Solví e da consultoria Arpoador Energia.
“A operação é um marco para o BNDES, pois usa os recursos do Fundo Clima para um projeto que conjuga transição energética com o aprimoramento da destinação dos resíduos sólidos urbanos”, afirma a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa.
Minas do Leão
Com inauguração prevista para o segundo semestre de 2024, o aterro sanitário Minas do Leão receberá resíduos sólidos de 123 município do estado, incluindo a região metropolitana, podendo produzir até 66 mil m3/dia de biometano. A expectativa é que o projeto evite aproximadamente a emissão de 50 mil toneladas de CO₂ equivalentes de gases de efeito estufa.O gás gerado na planta será adquirido pelo grupo Ultra, segundo contratos de compra já firmados. Já os clientes finais do empreendimento serão, em sua maioria, empresas do setor industrial, que receberão o combustível na forma de gás natural comprimido, via modal rodoviário.