Biocombustíveis

Nestlé espera reduzir emissões em 20% com uso de biometano em plantas

O biometano produzido a partir de cana-de-açúcar e aterros sanitários vai substituir o gás natural em caldeiras e fornos da Nestlé. O projeto-piloto será implementado inicialmente na fábrica de Araçatuba (São Paulo), que passará a ter 20% de sua matriz de gases combustíveis abastecida com biometano até o final de 2024. Outras plantas que receberão o projeto são as de Caçapava e Marília, no mesmo estado.

Nestlé espera reduzir emissões em 20% com uso de biometano em plantas

O biometano produzido a partir de cana-de-açúcar e aterros sanitários vai substituir o gás natural em caldeiras e fornos da Nestlé. O projeto-piloto será implementado inicialmente na fábrica de Araçatuba (São Paulo), que passará a ter 20% de sua matriz de gases combustíveis abastecida com biometano até o final de 2024. Outras plantas que receberão o projeto são as de Caçapava e Marília, no mesmo estado.

Globalmente, a Nestlé tem a meta de reduzir as emissões em 50% até 2030 e se tornar net zero até 2050. No Brasil, este processo considera a ampliação do uso do biometano e de biomassa.

Segundo a Nestlé, a substituição de gás natural e GLP por biometano deve diminuir as emissões de CO2 em 14,8 mil toneladas, o que representa redução de gases de efeito estufa de cerca de 90% de CO2 equivalente nessas unidades. Somada a outras ações já em curso, a empresa espera reduzir em 20% suas emissões totais de gases efeito estufa, na comparação com níveis de 2018.

Entre 2022 e 2023, já houve redução de aproximadamente 16,3 mil toneladas de CO2 em projetos implementados em Goiânia (Goiás), São José do Rio Pardo (São Paulo) e Araras (SP), em iniciativas que envolveram a implantação de caldeiras de biomassa e forno de ar quente. Atualmente, 55% da matriz energética da empresa é renovável, e 100% da eletricidade vem de fontes como eólica, solar e de biomassa.

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Segundo a empresa, a fábrica de Araçatuba foi a primeira planta da Nestlé no mundo a implantar um forno de ar quente movido a biomassa – no caso, madeira de reflorestamento – em substituição ao forno a gás. A empresa afirma que o forno de ar quente de biomassa traz outras vantagens, como alta eficiência térmica e menor custo operacional.

Em Araras (São Paulo), a fábrica da Nestlé gera bioenergia por meio de borra de café, um subproduto da fabricação de café solúvel que é misturado a cavaco de madeira e usado como biomassa para a geração de vapor e energia das caldeiras da unidade. Em Montes Claros (Minas Gerais), a biomassa utilizada na caldeira tem como origem uma fazenda da companhia que produz a madeira destinada à planta industrial. Nas demais plantas industriais, a Nestlé adquire biomassa de fornecedores locais.