Biometano

Nestlé inicia utilização de biometano na operação de quatro fábricas no Brasil

Iniciativa planeja reduzir em 30%, até 2026, a pegada de carbono de suas operações no país,

Caminhão leva resíduos à unidade de tratamento da CRVR em São Leopoldo. Companhia utilizará gás para produção de biometano na unidade
Caminhão leva resíduos à unidade de tratamento da CRVR em São Leopoldo. Companhia utilizará gás para produção de biometano na unidade | CRVR

A Nestlé anunciou o início da implementação de biometano nas fábricas de Araçatuba, Caçapava, no interior paulista, e de Ibiá e Ituiutaba, em Minas Gerais. A iniciativa planeja reduzir em 30%, até 2026, a pegada de carbono de suas operações no país,

A primeira fábrica a iniciar o uso de biometano é a de Araçatuba, com fornecimento da Ultragaz. O gás renovável, fornecido pela companhia, começou a ser utilizado este mês para gerar ar quente, essencial para o processo de produção de leite em pó na unidade. A próxima fábrica a operar com biometano é a de Caçapava, que é a segunda maior em volume de produção de chocolates da Nestlé no mundo.

A transição será concluída 100% em 2025 e a unidade receberá combustível renovável advindo de aterros sanitários, com apoio da empresa Gás Verde. 

Como parte do plano de conversão das fábricas no Brasil para o uso de biometano, as unidades localizadas nos municípios de Ituiutaba e Ibiá, no Triângulo Mineiro, foram incluídas na lista e estarão adaptadas até 2026, também com operação da Ultragaz.

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Atualmente, ambas utilizam GLP em câmaras, fornos e caldeiras. “Hoje, 100% da fonte de energia elétrica consumida pelas fábricas da Nestlé no Brasil é de origem limpa. Com a transição de todas as etapas fabris para matrizes renováveis, nossa expectativa é ter 100% da operação industrial da companhia no Brasil NetZero em 2028”, afirma Donir Costa, diretor de Engenharia da Nestlé Brasil.

Nestlé e renováveis

Desde 2017, todas as operações da Nestlé Brasil são abastecidas por energia elétrica renovável, contribuindo significativamente para a redução das emissões de carbono e do consumo de recursos.

 A diversificação da matriz energética faz parte da visão global da companhia. No Brasil, as maiores fontes são energia hidráulica, eólica, solar, biometano e biomassa. Atualmente, as linhas de produção de KitKat, em Caçapava (SP), e de caixas de bombom Garoto, em Vila Velha (ES), já utilizam majoritariamente energia solar.

Recentemente, a Nestlé firmou parceria com a Enel para criação de três consórcios de autoprodução de energia eólica para abastecer cinco fábricas da companhia, localizadas nos estados de São Paulo (nas cidades de São José do Rio Pardo e Ribeirão Preto), Espírito Santo (em Vila Velha) e Minas Gerais (nos municípios de Ibiá e Ituiutaba). A Nestlé deterá participação de 40% a 47% nas três usinas.