10 mil barris

Planta de SAF da Petrobras deve consumir 4 milhões de litros de etanol por dia

Planta terá capacidade de produção de 10 mil barris por dia, com consumo de até 4 milhões de litros de etanol por dia

Refinaria de Paulínia / Crédito: Marcos Person - Agência Petrobras
Refinaria de Paulínia / Crédito: Marcos Person - Agência Petrobras

A Petrobras prepara uma planta de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) a partir do etanol, na rota conhecida como alcohol to jet (ATJ). A planta deverá ser instalada dentro da Refinaria de Paulínia (Replan), e tem capacidade projetada de produzir 10 mil barris de SAF por dia.

“Uma planta desta capacidade consome de 3 milhões a 4 milhões de litros de álcool por dia. A gente tira do mercado este volume”, disse o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, que também responde de forma interina pela diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade desde a saída de Mauricio Tolmasquim. Segundo ele, atualmente a maior planta de ATJ no mundo tem capacidade de produção de 2 mil litros de SAF por dia.

Além do SAF, a Petrobras já oferece ao mercado o querosene de aviação (QAV) coprocessado, com 1,2% de matéria-prima renovável junto ao óleo fóssil.

Com isso, a estatal se prepara para os mandatos do Corsia, programa da Organização da Aviação Civil Internacional para a redução de emissões de carbono. Segundo o esquema, a partir de 2027 os voos brasileiros deverão começar a compensar parte das emissões, com mandato inicial de 1%.

“Estamos antecipando o Corsia em dois anos”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. A companhia organizou nesta quarta-feira, 18 de junho, um evento para a imprensa por ocasião do primeiro ano da gestão de Magda Chambriard.

Planos da Petrobras para LRCap e hidrogênio

No evento, a diretoria da estatal voltou a reforçar o interesse em participar do leilão de reserva de capacidade na forma de potência (LRCap). “Nós estamos prontos para participar do leilão de energia, que vai ser lançado pelo Ministério de Minas e Energia. Isso já está atrasado, mas nós estamos aptos para participar, faz parte do projeto”, disse Chambriard.

Anteriormente, a companhia havia informado a intenção de participar do certame com 3,9 GW, em nove usinas existentes e duas plantas novas. As novas usinas devem estar localizadas no Complexo de Energias Boaventura (ex-Comperj e Gaslub), no Rio de Janeiro, cada uma com potência de 400 MW.

Nesta quarta-feira, Magda Chambriard também confirmou os planos da Petrobras de produzir hidrogênio verde a partir de energia solar, para seu próprio consumo.