Impulsionada pelos custos de combustíveis, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto foi de 0,87%, maior variação para um mês de agosto desde 2000, mas abaixo da taxa de 0,96% registrada em julho, segundo o IBGE.
Em agosto de 2020, a variação mensal foi de 0,24%. Em 2021, o IPCA acumula alta de 5,67%, e, nos últimos 12 meses, de 9,68%, acima dos 8,99% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A maior variação, de 1,46%, veio do grupo de transportes, com impacto de 0,31 ponto percentual. O resultado foi influenciado pela alta dos combustíveis (2,96%), acima da registrada no mês anterior (1,24%). A gasolina subiu 2,8% e teve o maior impacto individual no índice do mês passado, de 0,17 pp. Os demais combustíveis também subiram: etanol (4,5%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%).
O grupo habitação, que vinha liderando os aumentos nos últimos meses, teve alta de 0,68%, resultado influenciado pela alta de 1,1% da energia elétrica, que desacelerou em relação a julho, quando a alta de 7,88% tinha sido motivada pelo reajuste da bandeira vermelha patamar 2.
O resultado em agosto é consequência dos reajustes tarifários de 9,6% em Vitória e de 8,92% em Belém, ambos a partir de 7 de agosto, além da contribuição residual referente ao reajuste tarifário de 11,38% em uma das distribuidoras de São Paulo a partir de 4 de julho.
Em habitação, também foram registrados aumentos nos preços de gás encanado (2,7%) e gás de botijão (2,4%).