Depois de a Gazprom anunciar mais uma interrupção gasoduto Nord Stream 1 para manutenção, os países membros da União Europeia (UE) chegaram a um acordo nesta terça-feira, 26 de julho, para reduzir o consumo de gás natural em 15%. O plano para alcançar esse volume de redução foi aprovado por ministros do bloco e terá início em agosto deste ano, com vigência até março de 2023.
Entre as medidas extraordinárias aprovadas, está o incentivo à troca de combustível na indústria, campanhas nacionais de conscientização, redução do aquecimento e de refrigeração, além de permitir sistemas de leilões entre os estados-membros
A decisão atende a uma proposição da Comissão Europeia da semana passada, que pediu um racionamento no uso de gás até o próximo ano. Na ocasião, a presidente da comissão, Ursula von der Leyen, disse que a Rússia estava “chantageando” o bloco e usando a “energia como arma”.
O atendimento às novas diretrizes, inicialmente, será voluntário e não trará implicações sobre os países cuja rede elétrica não esteja sincronizada com o sistema europeu, que dependam fortemente do gás natural para produção de eletricidade, ou para membros que não interligados às redes de gás de outros países.
O acordo ainda prevê que o bloco poderá declarar estado de ‘alerta da União’ em caso de grave risco de escassez de gás, ou se cinco ou mais membros solicitarem à comissão o alerta de baixo suprimento.