Combustíveis

Consumo de gás natural cresce 6,9% no primeiro trimestre impulsionado por GNV

Consumo de gás natural cresce 6,9% no primeiro trimestre impulsionado por GNV

O consumo de gás natural no Brasil cresceu 6,9% na média acumulada no primeiro trimestre de 2022, ante o mesmo período do ano anterior, segundo relatório divulgado pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), nesta segunda-feira, 6 de junho.

O destaque do estudo ficou para o consumo de gás natural veicular (GNV), que aumentou 19,2% nos três primeiros meses do ano. De acordo com a entidade, o crescimento na demanda é consequência do aumento dos preços dos combustíveis líquidos, como gasolina e diesel.

Para a associação, o aumento na demanda de GNV ajudou a amenizar a queda na demanda total por gás natural no período. No total, o Brasil consumiu 60,2% milhões de m³/ dia no 1T2022, queda de 14,3% na comparação anual.

O mercado de geração térmica representou a maior queda registrada, alcançando, em média, 42,2%, como consequência do menor despacho termelétrico dada a melhoria do quadro hidrológico, afirma a Abegás.

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Outro fator que contribuiu para o crescimento da demanda foi a recuperação da indústria depois da retração registrada na pandemia. O consumo industrial de gás no primeiro trimestre registrou um aumento de 6,1 %. Outros segmentos, como automotivo e comercial, subiram 19,2% e 14,3%, respectivamente.

Para o presidente da associação, Augusto Salomon, o gás natural continua desempenhando um papel importante na segurança energética brasileira, ajudando, inclusive, na preservação da água dos reservatórios hidrelétricos.

Leilões 

Salomon ressaltou que o Ministério de Minas e Energia (MME) precisa realizar a contratação de 8 GW de térmicas movidas a gás natural em locais que permitam o surgimento da malha de gasodutos de transporte, conforme a lei de privatização da Eletrobras.

Na opinião do presidente da associação é necessário investimentos em infraestrutura para diminuir o atual nível de reinjeção de gás natural, sendo necessário que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reveja os planos de desenvolvimentos aprovados para as concessionárias de exploração do pré-sal.

“Hoje, aproximadamente 70 milhões de m³ são rejeitados por dia no pré-sal, sem pagamento de royalties ou partilha de produção e impostos. E essa situação obriga o Brasil a importar aproximadamente 65 milhões de m³ cúbicos de gás natural do exterior por dia, 50% do nosso consumo”, afirmou.