Combustíveis

Demanda por gasolina e etanol deve sentir impacto da inflação no segundo trimestre, aponta S&P Global

Demanda por gasolina e etanol deve sentir impacto da inflação no segundo trimestre, aponta S&P Global

A demanda por gasolina e etanol no Brasil deve recuar no segundo trimestre de 2022, refletindo os preços mais elevados no varejo e a inflação, de acordo com a consultoria S&P Global Commodity Insights. O relatório “Previsão do mercado latino-americano de petróleo” estima uma demanda entre abril e junho deste ano 45 mil barris por dia inferior à registrada no mesmo período de 2019.

O relatório aponta que a demanda média desses combustíveis no primeiro trimestre de 2022 foi de 885 mil barris por dia, representando um aumento de 15 mil barris por dia em comparação a 2021, mas ainda 35 mil barris por dia a menos em relação ao mesmo período de 2019.

Com relação ao diesel, a demanda média no primeiro trimestre deste ano foi 100 mil barris por dia maior em relação ao observado em 2019. A empresa prevê um crescimento da demanda no segundo trimestre, mas afirma que o cenário pode variar.

“Mesmo que a demanda continue avançando, há muitos ventos contrários que podem atrapalhar o crescimento nos próximos meses, como os preços de varejo elevados, o aumento da taxa de juros reais, que impacta o crescimento da economia, e a elevada inflação”, explica Lenny Rodriguez, gerente de Análise de Preços de Petróleo e Perspectivas Regionais da S&P Global Commodity Insights.