Combustíveis

Ecometano desenvolve projeto de economia circular no setor de alimentos

Ecometano desenvolve projeto de economia circular no setor de alimentos

Empresas do setor de alimentos e bebidas poderão dar um uso sustentável aos seus resíduos e gerar seu próprio biocombustível para ser utilizado nos processos industriais e auxiliar no cumprimento das metas de redução de emissões de carbono das empresas. Essa é a proposta do projeto “Biometano as a service”, da Ecometano, subsidiária da MDC para produção de biometano.

O projeto visa o desenvolvimento de unidades de autogeração de biometano a partir de efluentes industriais, como lodo e esgoto, gerados por empresas do setor alimentício. Segundo a presidente da MDC, Manuela Kayath, essas unidades de autogeração produzirão em média 5.000 m³/dia do biocombustível e serão totalmente autônomas, operadas pela central de operações da MDC no Rio de Janeiro. Isso, para Kayath, permitirá uma economia circular a partir de uma operação “on-site”, ou seja, na própria localização do cliente.

“Basicamente, é um foco grande em clientes do setor de alimentos, como cervejeiras, que já têm algum tipo de efluente. A gente usa esse efluente – às vezes eles próprios já estão usando esse efluente e biodigerindo em biogás –, realizando o processo de purificar e tratar, de fazer o upgrade de biogás para biometano, que será usado na própria produção dele [cliente]”, explicou a executiva durante visita ao aterro de biometano da MDC e da Marquise Ambiental em Caucaia, no Ceará.

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Kayath explica, ainda, que as empresas para as quais esse projeto está voltado produzem grandes quantidades de resíduos em seus processos industriais e precisam dar um uso a eles, podendo ainda gerar créditos de carbono e atingir suas metas de redução de emissões a partir desse biocombustível.

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“Para a gente também é uma possibilidade de expandir para outras fontes de biomassa para produzir biometano que não seja apenas o biogás de aterro e conseguir, de fato, fazer isso de uma forma mais capilarizada e mais replicável”, completa a executiva.

O projeto ainda está em etapa de desenvolvimento, mas a primeira unidade operante deve ficar pronta ainda este ano. A empresa está avaliando modelos de negócio para inserir essa solução no mercado e espera que ela seja bastante competitiva e replicável.

*A repórter viajou a convite das empresas MDC e Marquise Ambiental.

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