Em meio à pressão de preços, produção de diesel cresce 29% na Petrobras

A Petrobras produziu 3,8 bilhões de litros diesel S-10 na refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, Região Metropolitana da Baixada Santista em 2024, representando um aumento de 29% em comparação ao mesmo período de 2023. Entre os fatores para o aumento, a estatal aponta a crescente demanda pelo combustível.

Com o aumento dos pedidos e do câmbio do dólar, a Petrobras tem sofrido pressão neste início de ano para realizar reajustes no preço do combustível. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reuniram-se para discutir investimentos e, segundo reportagem do Valor Econômico, a Petrobras estaria fazendo as contas de quanto será o reajuste do diesel.

Enquanto o aumento não se concretiza, o gerente-geral da RPBC, Fernando Tadeu de Castilho, destacou que volume na produção é resultado, entre outros fatores, do aumento de confiabilidade e disponibilidade das unidades, além do esforço conjunto com vários setores da companhia, como refino, logística e comercialização, para que a refinaria conseguisse atender à crescente demanda por diesel.

O&G da Petrobras

A estatal atingiu uma produção total de óleo e gás natural de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2024, pouco baixo dos 2,78 milhões de boed alcançados em 2023. Mesmo com a queda, a Petrobras afirmou que atingiu todas as metas de produção estabelecidas em seu plano estratégico 2024-2028, dentro do intervalo de ±4%.

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Na mesma etapa, a produção comercial de óleo e gás natural foi de 2,4 milhões de boed e a produção de óleo foi de 2,2 milhões de barris por dia (bpd). Os mesmos números foram alcançados em 2023. 

A produção total própria e operada no pré-sal da Petrobras foi de 2,2 milhões de boed e 3,2 milhões de boed, respectivamente. O volume de produção no pré-sal representa 81% da produção total da companhia.

Entre os destaques de 2024, a Petrobras pontuou a entrada em operação das plataformas FPSO Maria Quitéria, localizado no campo de Jubarte, no pré-sal da Bacia de Campos; e FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A empresa ainda alcançou a capacidade máxima de produção de óleo da plataforma FPSO Sepetiba, no campo de Mero, após oito meses de operação.

O ramp up [aumento gradual da ocupação] dessas plataformas compensou parcialmente as perdas decorrentes de paradas para manutenção e do declínio dos campos maduros, além do impacto na produção por conta de paradas não programadas determinadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e os efeitos da greve do Ibama.