O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 500 milhões em financiamento, via Fundo Clima, para ampliar a capacidade produtiva da FS, empresa do setor de etanol de milho em Mato Grosso.
Com plano de crescimento focado no Mato Grosso, a FS conta com unidades nos municípios de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Primavera do Leste e deve instalar uma nova operação na cidade de Querência.
“A região de Querência tem capacidade de produção de milho bem consolidada e com muito potencial de crescimento. A localização nos possibilita estruturar uma estratégia logística para distribuição dos nossos produtos para diversas regiões tanto do estado de Mato Grosso, quanto aos estados do Norte e Nordeste do país. A companhia tem um cronograma alinhado com a nossa jornada de desalavancagem e adequação da estrutura de capital. Logo que concluirmos esse processo, iniciaremos a fase I das obras em Querência”, afirmou o CEO da FS, Rafael Abud.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, o crescimento da oferta de etanol de milho tem sido fundamental para a garantia de abastecimento de etanol no Brasil, tendo alcançado quase 6 bilhões de litros em 2023, o que representa cerca de 20% da produção nacional.
“A descarbonização brasileira é um pilar do Plano Mais Produção e tem no setor de biocombustíveis um potencial imenso. É um diferencial estratégico do Brasil e as empresas podem contar com o Novo Fundo Clima para apoiar a indústria verde e o desenvolvimento tecnológico voltados a uma transição ecológica justa”, disse Gordon.
A FS
Com três unidades no Mato Grosso, a empresa tem capacidade para produzir mais de 2,3 bilhões de litros de etanol por ano. Além disso, conta com tecnologia para a fabricação de produtos para nutrição animal, conhecidos pela sigla DDG (Dried Distillers Grains), óleo de milho, bioeletricidade e comercialização de milho e de etanol.
Fundo Clima
Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo Clima foi criado em 2009 e é administrado pelo BNDES, que atua como gestor na aplicação dos recursos reembolsáveis.
Com recursos ampliados em março deste ano, o Fundo tem até R$ 10,4 bilhões para financiar projetos do setor público, de empresas privadas e do terceiro setor em seis áreas prioritárias: Desenvolvimento Urbano Resiliente e Sustentável; Indústria Verde; Logística de Transporte, Transporte Coletivo e Mobilidade Verde; Transição Energética (geração solar e eólica, e biomassa, eficiência energética, entre outros); Florestas Nativas e Recursos Hídricos; e Serviços e Inovação Verdes.