Combustíveis

Hidrogênio verde pode ser o motor do setor energético da América Latina, diz KPMG

Hidrogênio verde pode ser o motor do setor energético da América Latina, diz KPMG

Em um contexto de crises energética e climática globais, a KPMG avalia que deva ocorrer um aumento no desenvolvimento de energias renováveis, sobretudo na produção de hidrogênio verde de baixo carbono, que pode ser utilizado para diversos fins de forma mais sustentável, em comparação com outros combustíveis.

De acordo com estudo recente da companhia sobre o papel do hidrogênio verde na transformação energética da América Latina, será necessária uma reorganização dos custos e da capacidade de produção deste produto, além de um aumento de iniciativas de pesquisa e desenvolvimento para este combustível. Entretanto, a KPMG acredita que o hidrogênio verde de baixo carbono tenha potencial para se tornar o vetor de energia no futuro da região.

“O Brasil e a América Latina serão fundamentais nesse contexto, pois, além de terem recursos naturais abundantes e fontes renováveis alimentando sistemas energéticos em âmbito nacional, esses países também estão avançando para se transformarem em referência na produção e exportação futura de hidrogênio verde. Contudo, essa transição exigirá que os governos promovam novos marcos legais e políticas adequadas que incentivem investimentos neste combustível e forneçam apoio público e financiamento necessários para desenvolvê-lo”, afirma Manuel Fernandes, sócio líder do setor de Energia e Recursos Naturais da KPMG na América do Sul e colíder Américas.

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De acordo com o estudo, espera-se que o combustível atinja 212 milhões de toneladas até 2030 e cerca de 530 milhões de toneladas até 2050, com uma contribuição crescente do hidrogênio de baixo carbono. Nesse sentido, ele deve representar cerca de 18% da demanda global total em 2025, 70% em 2030, 91% em 2040 e 99% em 2050. A expectativa, segundo a KPMG, é que o hidrogênio verde auxilie na descarbonização de setores altamente poluentes, como o de energia e o de transporte.

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O documento afirma, ainda, que para os setores em fase inicial de desenvolvimento, serão importantes a cooperação e a conexão internacional, somadas ao financiamento público e ao uso de energia renovável.