A MDC, por meio de sua subsidiária GNR Fortaleza, emitiu um GAS-REC de biometano a partir de uma planta conectada à rede de distribuição de gás canalizado – neste caso, a Cegás. Nesta primeira emissão, a empresa disponibilizou mais de 900 mil GAS-RECs, todos certificados pelo Instituto Totum.
“Há um forte movimento global no setor industrial, com foco na adequação à agenda ESG, para redução da pegada de carbono e utilização de combustíveis renováveis na cadeia produtiva. Desde antes da emissão, já estávamos em negociação com empresas de diversos setores que estão interessadas na compra do GAS-REC porque a nossa certificação é de biometano e conectada à rede, um grande diferencial no mercado”, afirma Manuela Kayath, presidente da MDC.
Segundo a empresa, os setores automobilístico e de bebidas e alimentos estão entre os mais interessados nestes GAS-RECs, uma vez que as companhias têm programas voluntários de redução das emissões de carbono mais ambiciosos. Apesar de ser um mercado novo, a expectativa sobre as certificações de energia renovável e outros instrumentos de compensação como crédito de carbono e CBios é alta.
“A Certificação GAS-REC é pioneira no país e rastreia o biogás e o biometano gerado e distribuído no Brasil, chegando até o ponto de consumo. O rastreamento é feito por um sistema de book and claim, ou seja, de entradas e saídas, sem necessariamente seguir o fluxo físico, já que em um gasoduto, por exemplo, o gás natural fóssil e o gás natural renovável se misturam. O sistema, pelo fato de ter suas emissões centralizadas em um organismo independente de terceira parte, assegura que não exista o risco de dupla-contagem e nem duplo beneficiário, o que é de extrema importância para todas as partes envolvidas”, afirma Celina Almeida, diretora de Relacionamento do Instituto Totum.