A demanda média por gasolina no Brasil no primeiro trimestre de 2022 deverá ficar em 5 mil barris diários a menos do que o observado em igual período de 2019, anterior, portanto, à pandemia de covid-19. A projeção faz parte de relatório elaborado pela S&P Global Platts Analytics.
De acordo com a agência, o quadro observado no Brasil deve ser o mesmo na América Latina. A demanda por gasolina na região projetada para os primeiros três meses de 2022 deverá ser 100 mil barris diários inferior ao contabilizado de janeiro a março de 2019.
Segundo o gerente de análise de preços do petróleo e perspectivas regionais da S&P Global Platts, Lenny Rodriguez, um fator-chave para a recuperação da demanda de combustíveis na América Latina é o mercado de trabalho, que ainda está 5% menor que os níveis pré-pandêmicos.
Com relação ao diesel, porém, a agência aponta para um cenário diferente. De acordo com a S&P Global Platts Analytics, a demanda total do combustível no Brasil em 2022 deverá ser 95 mil barris diários superior na comparação com 2019. A agência, contudo, ressalta riscos para o desempenho o mercado de diesel em 2022 como o aumento da taxa de desemprego, inflação persistente e menor crescimento do PIB.