A Petrobras concluiu ontem, 30 de novembro, a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) ao Mubadala Capital, por US$ 1,8 bilhão, valor que reflete o preço de compra, de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária, variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fim da transição.
O contrato prevê ajuste final no preço de aquisição, que deve ser apurado nos próximos meses. A Acelen, empresa do Mubadala, assume hoje a gestão da refinaria, que passa a se chamar Mataripe. A unidade fica em São Francisco do Conde, na Bahia.
A estatal vai participar de um processo de gestão, sob um acordo de prestação de serviços, evitando interrupções operacionais. Nenhum empregado da Petrobras será demitido. Eles poderão optar por transferência para outras áreas, ou aderir ao Programa de Desligamento Voluntário, com um pacote de benefícios.
Essa foi a primeira refinaria da Petrobras a ter sua venda concluída. Das oito colocadas no mercado, a companhia já fechou acordos para três.
O negócio é importante por contribuir com a abertura do segmento de refino, e cumprir parte do termo ajustado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesse sentido. Para a Petrobras, a venda é um avanço na estratégia de alocação de recursos, que prevê a concentração de seus negócios em cinco refinarias no Sudeste.
A Petrobras já assinou a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná. Quando os processos de desinvestimento dessas unidades forem concluídos, a estatal vai responder por cerca de 50% do abastecimento do mercado de combustíveis do país, que é também suprido por importadores e produtores de biocombustíveis.
Quando a Petrobras concluir a venda das refinarias Regap, Lubnor, Repar, Refap e Rnest, que estão à venda, ela passará a ter 50% da capacidade de refino no país.