
A Petrobras e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) começaram na tarde deste domingo, 24 de agosto, a avaliação pré-operacional (APO) do bloco marítimo FZA-M-59, localizado na Bacia da Foz do Amazonas, conhecida como Margem Equatorial.
Segundo a estatal, o exercicio pode levar de três a quatro dias,podendo variar, conforme as condições de execução das atividades planejadas.
A APO, conduzida pelo Ibama, é a etapa final do processo de licenciamento ambiental para perfuração no bloco e busca testar a eficácia do plano de resposta à emergência apresentado pela Petrobras. Na prática, a avaliação simula um vazamento de óleo e a companhia precisa demonstrar a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo, incluindo a eficiência dos equipamentos, agilidade na resposta, cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos e a comunicação com autoridades e partes interessadas.
A partir do cenário emergencial definido pelo Ibama no início do exercício, a Petrobras irá atuar com os recursos previstos para resposta, que envolvem a mobilização de embarcações, veículos, centros de fauna e aeronaves.
O exercício simulado foi agendado depois de meses de negociação entre a empresa estatal e o órgão ambiental.
A Margem Equatorial é vista pela indústria do petróleo como nova fronteira de exploração por conta do seu potencial de produção. A proximidade de ecossistemas sensíveis na região, porém, gera preocupações sobre os impactos da atividade. O bloco marítimo FZA-M-59 fica em águas profundas, a 175 quilômetros da costa do Oiapoque, no Amapá.
Estrutura preparada
De acordo com a Petrobras, o exercício simulado envolverá mais de 400 pessoas. A estrutura mobilizada inclui:
- uma sonda;
- três helicópteros;
- seis embarcações equipadas para contenção e recolhimento de óleo, sendo duas delas sempre próximas do navio sonda (OSRV);
- um avião;
- duas unidades de atendimento à fauna;
- seis embarcações para resposta à fauna.