Coluna Thunders

Risco de crédito no setor de energia: desafios e perspectivas para 2025

Risco de crédito no setor de energia: desafios e perspectivas para 2025

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Cenário atual: um mercado em expansão e mais exposto

O mercado de energia elétrica no Brasil segue em evolução contínua, impulsionado pelo aumento das negociações no Ambiente de Contratação Livre (ACL). A BBCE, principal plataforma de comercialização de energia do país, destacou-se em 2024 com volumes expressivos de negociação, fortalecendo seu papel na liquidez do mercado.

Segundo dados de novembro de 2024, o consumo nacional de energia elétrica foi de 47.324 GWh, representando um aumento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para o crescimento de 11,2% no mercado livre. Este avanço reflete a maior participação dos consumidores no ACL, consolidando a importância da gestão de riscos e estratégias mais sofisticadas para operar nesse ambiente dinâmico (MegaWhat).

Esse aumento na liquidez e no consumo reforça a necessidade de aprimoramento na gestão de crédito e no monitoramento de contrapartes, principalmente em um mercado cada vez mais competitivo e interligado às mudanças regulatórias.

Esse cenário, embora promissor, exige que as empresas redobrem a atenção com risco de crédito. O aumento da liquidez traz consigo a necessidade de maior rigor na avaliação de contrapartes, especialmente em um ambiente ainda carente de uma clearing centralizadora.

Monitoramento prudencial: um pilar essencial

Desde 2023, o mercado brasileiro conta com o monitoramento prudencial da CCEE, uma ferramenta criada para mitigar riscos sistêmicos e oferecer transparência sobre o Fator de Alavancagem das empresas participantes. Durante o período sombra, a CCEE conseguiu consolidar a prática e, mesmo sem aplicação de penalidades, o monitoramento já trouxe avanços importantes.

Esse tipo de iniciativa reforça o que o mercado já sabe: riscos precisam ser monitorados de forma contínua, integrada e estratégica. Empresas que negligenciarem esse aspecto estarão mais expostas a inadimplências e desequilíbrios financeiros que podem comprometer suas operações no mercado de energia.

Tecnologia: aliada estratégica para mitigação de riscos

Com as exigências regulatórias crescendo e o mercado cada vez mais competitivo, a gestão do risco de crédito demanda soluções tecnológicas avançadas. Sistemas ETRM (Energy Trading and Risk Management), como os utilizados por agentes do setor, desempenham um papel essencial ao integrar dados operacionais, contratuais e financeiros em tempo real, permitindo:

  • Avaliação ágil e precisa das contrapartes comerciais;
  • Monitoramento contínuo de indicadores críticos, como volumes contratados e exposição de crédito por contraparte;
  • Projeções estratégicas, com base em dados atualizados e cenários customizados.

Essa integração entre tecnologia e inteligência de dados torna possível tomar decisões mais seguras, antecipando riscos e fortalecendo a posição das empresas no mercado.

O que esperar de 2025?

À medida que o setor se moderniza, é esperado que a análise de crédito evolua para se tornar mais rigorosa e centralizada, acompanhando as novas exigências regulatórias.

Ainda restam desafios:

  • A necessidade de aprimorar o monitoramento contínuo das contrapartes;
  • A adaptação a novas exigências do monitoramento prudencial, que devem entrar em vigor em 2025;
  • A criação de estratégias de gestão do Risco de Crédito.

Conclusão: preparação é a palavra-chave

O crescimento do mercado livre de energia e a intensificação das negociações reforçam que a gestão de risco de crédito não é mais uma escolha, mas uma necessidade. Empresas que investirem em tecnologia, como os ETRMs especializados no setor, e na análise contínua de dados estarão mais preparadas para enfrentar os desafios de 2025.

O monitoramento prudencial, combinado com práticas robustas de mitigação de riscos e ferramentas de inteligência de mercado, será um diferencial decisivo na busca por competitividade e solidez financeira no setor elétrico.

O futuro do mercado de energia é promissor, mas exige planejamento, tecnologia e uma visão estratégica constante.

Fontes:

  1. MegaWhat: Crescimento do consumo de energia no país desacelera a menor taxa em 22 meses
  2. CCEE: Monitoramento Prudencial
  3. Capital Aberto: Perspectivas para o mercado livre de energia

*Conteúdo oferecido pela Thunders Tecnologia