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O monitoramento prudencial acaba de completar um ano de operação sombra e já se tornou uma importante ferramenta para o mercado avaliar suas contrapartes no comportamento das operações no mercado livre de energia e fortalecer os negócios no ambiente.
Semanalmente, os agentes repassam à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) dados que resultam no Fator de Alavancagem (FA), indicador que mede o risco e avalia a capacidade financeira das empresas diante das operações de compra e venda de energia.
O retorno da volatilidade aos preços de energia tem feito os agentes usarem cada vez mais o indicador para medir o risco das suas contrapartes, disse Mateus Andrade, CEO da Thunders Tecnologia, que, entre os serviços prestados, facilita a declaração semanal de geradores e comercializadores das informações à CCEE e faz a auditoria dos números, caso seja solicitada.
O ETRM da Thunders avalia todas as operações de compra e venda de energia, assim como uma projeção de consumo e ou geração. “Criamos um módulo dentro do nosso sistema em que o cliente precisa apertar apenas um botão, e automaticamente são geradas as duas planilhas para serem encaminhadas à CCEE”, explica Mateus Andrade.
As planilhas apresentam os montantes de compra e venda de energia dos próprios agentes, num período de seis meses. Além disso, trazem outras informações, incluindo preço médio, dados que serão avaliados pela Câmara de Comercialização num modelo de risco.
Neste extrato de operações, a CCEE considera a curva de preços futuros, a correlação entre eles, o índice de volatilidade, entre outros, numa medida de risco, que é o Value Risk (VAR). Então a CCEE calcula um Fator de Alavancagem que compara o risco com o tamanho da empresa em relação ao seu patrimônio líquido.
“O ideal seria que a CCEE permitisse, inclusive, o envio automático das planilhas. O arquivo é gerado pelo cliente, que também é responsável pelo envio à Câmara. Se fosse automático, daria mais segurança ao processo: tanto por falha humana, de esquecer de enviar, quanto de mudança dos dados após a geração dos relatórios”, diz Andrade
Essa automatização também permitiria um aumento na frequência de envio de dados. “Utilizando uma integração, esse envio poderia ser diário, e teríamos algo mais próximo a um filme do que da evolução do risco de cada casa, ao invés de uma fotografia semanal”, completa o executivo.
No caso da auditoria, a câmara tem realizado sorteios, escolhendo empresas por amostragem. A solução da Thunders já separa as informações, “congelando” o momento que a declaração foi enviada e as informações solicitadas. Assim, os clientes não precisam fazer a busca em relação a uma data ou período.
“O monitoramento prudencial permite que as empresas, com base em dados, olhem para o mercado e possam tomar uma decisão. O risco de crédito sempre vai existir, mas o olhar sobre os dados dá uma importância muito grande na operação”, conta o CEO da Thunders.
Qual o tempo de reação?
Até o fim de novembro, a CCEE vai enviar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um relatório com o desempenho do monitoramento prudencial no período sombra. Depois disso, serão discutidos aprimoramentos, e uma regra definitiva ainda será publicada pelo regulador.
Segundo Mateus Andrade, um dos aprimoramentos deve ser no tempo de reação que o agente terá quando identificar uma contraparte com alavancagem elevada. “Quando eu identifico esse aumento no fator, ainda dá tempo de suspender uma operação ou rever algum contrato? Essa é uma questão que ainda deve passar por um amadurecimento do monitoramento prudencial”.
Para Mateus, com o tempo, o próprio mercado pode trabalhar isso melhor, seja em termos de estruturação de operações, prazos e penalidades. É fundamental ainda garantir que as informações estejam sempre corretas, e a automatização ajudaria nisso.
*Conteúdo oferecido pela Thunders Tecnologia