A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aplicou multa no valor de R$ 5.477.243,20 pelo atraso na implantação da PCH Estivadinho, licitada no leilão de energia de reserva de 2016, o que corresponde a aproximadamente 8% do investimento.
Em decisões anteriores, pautadas em reuniões de diretoria de 2022 e 2024, além de correspondências iniciadas pelo agente em 2020, a autarquia reconheceu um excludente de responsabilidade de 323 dias, a partir do atraso do licenciamento ambiental e referente ao período da última solicitação do órgão ambiental em que foi protocolado o pedido de avaliação do EIA/Rima (de 17/04/2019 a 05/03/2020).
Contudo, considerando o excludente reconhecido, a PCH Estivadinho 3 deveria ter entrado em operação em 18 de janeiro de 2021, no município de Reserva do Cabaçal, no Mato Grosso.
Análise da Aneel sobre o atraso
Assim, as áreas técnicas da Aneel, a partir de relatório da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados ao Estado de Mato Grosso (AGER), concluíram que “não há reparos a serem feitos na dosimetria adotada pela AGER, a qual considerou uma detença de 1.933 dias no marco mais atrasado, qual seja, a concretagem da casa de força”.
Na avaliação que subsidia a aplicação da penalidade, a Aneel aponta que vários marcos do cronograma estão sendo descumpridos e que o mais antigo se refere à concretagem da casa de força.
“Atualmente considera-se que as obras de implantação estão paralisadas, não há previsão concreta para entrada em operação do empreendimento, denotando sua inviabilidade”, diz nota técnica da Aneel.