A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou a compatibilidade do sumário executivo com o uso do potencial hidráulico por meio da emissão de DRS-EVTE da ampliação da hidrelétrica Porto Primavera, para operação de quatro unidades geradoras adicionais, totalizando 1.979,2 MW.
Com a emissão do DRS-EVTE, a Auren Energia pode pedir o licenciamento ambiental aos órgãos ambientais competentes bem como a adequação da outorga de direito de uso de recursos hídricos à ampliação pretendida.
No estudo apresentado em maio de 2024, a empresa destacou que seu pedido tem como foco, exclusivamente, a participação no leilão de reserva de capacidade, até então previsto para ocorrer no mesmo ano.
Para a agência reguladora, além da participação no certame, a ampliação permite que o potencial hidráulico disponível no local da usina seja mais bem explorado. Com as quatro novas unidades geradoras, de 112,5 MW cada, a vazão máxima turbinada passará de 8.904 m3/s para 11.812 m3/s, permitindo que a usina seja capaz de operar com vazões máximas em aproximadamente 15% do tempo.
A análise da Aneel sobre a usina
A usina iniciou sua operação comercial no período de 1999 a 2003, sendo que a sua capacidade instalada foi objeto de alteração por meio de despacho da Aneel de novembro de 2001, considerando 18 unidades geradoras de 100,8 MW de potência instalada cada.
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No ano seguinte, outro despacho trouxe nova alteração da capacidade instalada da usina, para 14 unidades geradoras de 110 MW cada. No entanto, conforme nota técnica da agência reguladora, ficou expressamente determinado que “a completa motorização da usina (18 unidades geradoras) deverá ser objeto de futura ampliação, com o que a concessionária deverá se submeter à prévia aprovação da Aneel”.
O projeto da usina e sua casa de força contempla as 18 turbinas e sua ampliação não altera as estruturas do empreendimento, tais como: barramento, vertodouro e a subestação à qual a usina se conecta.
Sobre a Porto Primavera
A hidrelétrica está situada no rio Paraná. Com 14 unidades geradoras de energia e 1.540 MW de potência de geração de energia, a usina produz o suficiente para abastecer um complexo urbano como a Região Metropolitana de Campinas.
A unidade também conta com um complexo de energias renováveis alternativas (usinas solares e eólica), que fazem parte de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da companhia.
A VTRM Energia, joint-venture da Votorantim Energia com o fundo de pensão canadense CPPIB e que incorporou as ações da Cesp, recebeu o nome de Auren Energia em março de 2022.
