DOU

Aneel libera 426 MW em renováveis para operação

Atlas Renewable, Engie, Newave Energia, Recurrent Energy e Voltalia acumulando a maior potência em autorizações

Solares liberadas pela Aneel
Solares liberadas pela Aneel | Atlas Renewable Energy (Divulgação)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou 426,86 MW para operação entre os dias 6 e 8 de novembro, conforme despachos do Diário Oficial da União entre os dias 6 e 8 de novembro. Do montante, cerca 173,26 MW são para operação comercial, 249,1 MW para teste e 4,5 MW para retorno, com destaque para as empresas Atlas Renewable, Engie, Newave Energia, Recurrent Energy e Voltalia acumulando a maior potência em autorizações.

As liberações das usinas acontecem em meio a expansão de 9,35 GW, entre janeiro a outubro deste ano, da matriz elétrica brasileira. Em 1º de novembro, o Brasil somou 207.029,1 MW de potência fiscalizada, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, o Siga.

>> Energia elétrica impulsiona alta da inflação em outubro 

Geração comercial

A Newave Energia, joint-venture entre a Gerdau e a Newave Capital, poderá operar comercialmente as unidades geradoras UG1 a UG166, somando 48,12 MW, da UFV Arinos 19.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

O parque integra um complexo fotovoltaico de 420 MW instalado no município de Arinos, em Minas Gerais, que fornecerá 30% de sua geração para plantas da Gerdau, na modalidade de autoprodução.

>> Newave Energia anuncia R$ 1,3 bi para construção de solar em Goiás.

Também no estado, mas no município de Janaúba, a Atlas Renewable Energy conseguiu autorização para as UG1 a UG38, num total de 123,51 MW, das UFVs Vista Alegre IIII e V.

As usinas solares integram o Complexo Vista Alegre, que totaliza 902 MWp e tem sua operação comercial total prevista para 2025. A geração da usina já possui contrato de compra de energia com a Albras, pelo prazo de 21 anos.

No Espírito Santo, no município de Castelo, foi liberada a operação comercial da UG1, de 1,63 MW, da UFV Cs3 Mármores.

Retorno da operação

A retomada da operação comercial da UG4, de 4,5 MW, da eólica Oeste Seridó II foi autorizada pela autarquia. O projeto é de responsabilidade da Elera Renováveis.

Localizada no município de Parelhas, no Rio Grande do Norte, a unidade teve a operação suspensa depois de uma descarga atmosférica causar dano em uma pá do aerogerador em junho de 2024.

Testes em eólicas

A Engie obteve autorização para testes nas UG1 a UG8, somando 36 MW, da eólica Serra do Assuruá 4, instalada no município de Gentio do Ouro, na Bahia.

Na última semana, a empresa obteve liberação comercial e em teste de unidades geradoras do conjunto eólico Serra do Assuruá, composto por 188 aerogeradores, em 24 parques eólicos, que somam 846 MW de capacidade total instalada. A previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2025.  

>> Curtailment deve continuar em níveis semelhantes em 2025, avalia Engie.

Também no Bahia, mas na cidade de Várzea Nova, o aval da Aneel foi para a UG1 e UG2, somando 9 MW, da eólica Ventos de Santa Luzia 14.

Por sua vez, a Voltalia conseguiu liberação na modalidade para as UG1 a UG2, somando 11,8 MW, da eólica Casqueira II, no município de Areia Branca, no estado do Rio Grande do Norte. O projeto integra o parque eólico Casqueira B.

Na mesma região, o empreendimento Casqueira B, de responsabilidade da japonesa Toda Energia, obteve autorização para testes nas UG1 e UG2, totalizando 11,8 MW, da eólica Casqueira I. O projeto era da Voltalia e foi vendido para o grupo no final de 2023.

>> Assine a MegaWhat e receba as movimentações das empresas e os destaques do Diário Oficial da União no seu celular.

Operação em teste de solares

Em Minas Gerais,no município de Jaíba, a Recurrent Energy, subsidiária da Canadian Solar, poderá operar em teste as UG1 a UG20, totalizando 20 MW, da UFV Jaíba N; as UG1 a UG40, somando 40 MW, da UFV Jaíba NO1; e as UG1 a UG20, num total 20 MW, da UFV Jaíba O.

Em Terra Nova, no Pernambuco, a empresa conseguiu liberação para as UG1 a UG30, somando 60 MW, das UFVs Luiz Gonzaga I e II, situada no município de Terra Nova, no estado de Pernambuco.

As plantas fazem parte do complexo Luiz Gonzaga (114 MWp), parceria entre a Recurrent Energy e a Spic Brasil, que detém 70% de participação na planta.

O parque solar fotovoltaico está previsto para entrar em operação comercial em novembro deste ano e envolve R$ 400 milhões em investimentos das empresas.

>> Entrevista: Curtailment tira até 50% da geração solar da Spic Brasil.

A Engie também obteve aval para teste em projetos solares, por meio das UG1 a UG122, totalizando 40,5 MW, da UFV Assu Sol 4, localizada no município de Assú, no Rio Grande do Norte.

O empreendimento integra o conjunto Fotovoltaico Assu Sol, que soma uma capacidade instalada total de 752,5 MW, com previsão para entrada em operação comercial no segundo semestre de 2025.