Geração

Aneel restabelece operação de termelétrica a carvão da Âmbar

Usina Termelétrica Candiota - Crédito: Âmbar Energia
Usina Termelétrica Candiota - Crédito: Âmbar Energia

A operação comercial da unidade geradora UG1, de 350 MW, da usina termelétrica (UTE) Candiota, movida a carvão mineral, da Âmbar Energia, foi restabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta sexta-feira, 4 de outubro. A usina fica em Candiota, no Rio Grande do Sul.

A atividade da planta foi interrompida em abril de 2024, quando ‘problemas inesperados’ na turbina causaram curto-circuito e o bloqueio automático por atuação de proteção. Em julho, a Âmbar informou à agência falha semelhante em outro relé de proteção e pediu pela não suspensão da usina por conta de impactos das cheias ocorridas no estado, que teriam atrasado a execução das ações necessárias de aperfeiçoamento do funcionamento e operação do gerador.

Em carta enviada à agência reguladora, a Âmbar informou que foram cumpridas as medidas necessárias para garantir a operação segura da unidade e que, desde o dia 26 de setembro, a usina encontra-se operando em carga base, tendo as quatro horas consecutivas de operação comprovadas, conforme exigido no despacho para o teste de disponibilidade.

A pedido da empresa, a área técnica da autarquia constatou a retomada da disponibilidade da unidade geradora, sendo aprovada a retomada da operação.  

Candiota: operação abaixo do normal

Na carta para a Aneel, a empresa afirmou ainda que, atualmente, a UTE Candiota opera com 300 MW de potência, embora sua capacidade total de 350 MW ainda não tenha sido atingida.

Segundo a coordenadora de Estratégia e Inteligência de Mercado da companhia, Candelária Falabella, a limitação decorre de fatores externos, especialmente o elevado índice de chuvas na região, que tem dificultado a retirada de cinzas, imprescindível para a plena capacidade de operação.

“A equipe técnica está empenhada em solucionar o problema de forma célere, e a elevação da potência ocorrerá gradualmente à medida que as condições climáticas permitirem”, disse a executiva.

Vistoria

Uma equipe de fiscalização da Aneel realizou na última semana uma incursão de fiscalização nas obras da UTE Portocém, na cidade de Barcarena, no Pará. Com previsão de 1,6 GW de potência, a usina tem previsão para início da operação para março de 2027 – prazo que pode ser alterado após as análises resultantes da fiscalização da autarquia. 

A UTE terá quatro unidades geradoras movidas a gás natural e é considerada estratégica no planejamento da matriz elétrica brasileira. 

Os fiscais da Aneel inspecionaram também a construção da UTE Novo Tempo Barcarena, situada na mesma região de Portocém. O empreendimento, com 604,5 MW de potência prevista, terá uma unidade a gás natural em ciclo combinado, com tecnologia single shaft, operando com turbina a gás e turbina a vapor. 

Segundo o cronograma da Aneel, ela iniciará a operação até julho de 2025. A expectativa é que usina operará seis meses sem interrupção durante o ano, sob despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

TFSEE

A Aneel fixou ainda a Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE) para 23 agentes de distribuição de energia elétrica que passaram por atualização tarifária no mês de setembro de 2024.

O valor da TFSEE é divido em duodécimos, sendo que a parcela do mês de competência terá vencimento no dia 15 do mês seguinte e estará disponível em até cinco dias úteis do mês do respectivo pagamento.