A empresa de soluções de infraestrutura em telecomunicações V.tal, controlada por fundos de investimentos do BTG Pactual, formalizou a criação de 11 consórcios destinados à autoprodução com as companhias Atlas Brasil Energia e Atiaia. Os acordos foram aprovados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sem restrições, e estão sujeitos à anuência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a transferência das outorgas para as consorciadas.
Com a Atlas Brasil, a V.tal constituiu nove consórcios com o propósito de viabilizar o projeto de autoprodução de usinas solares localizadas nos municípios mineiros de Arinos e Buritizeiro. O valor da operação e as informações das plantas não foram divulgadas pelas empresas.
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Outros dois consórcios foram formalizados entre a V.tal e a Atiaia, por meio de suas subsidiárias Sol do Agreste Geração de Energia e Solar do Nordeste Energia Renovável, visando viabilizar a autoprodução nas UFVs Sol do Agreste I, IV e V, somando 103, 2 MW, instaladas nos municípios de Tacaimbó e São Caetano, em Pernambuco. O valor da transação não foi divulgado.
Ao Cade, a V.tal informou que as operações representam a “materialização da autogeração de energia elétrica para sua operação com um parceiro estratégico que atende aos requisitos técnicos estabelecidos”.
Já a Atlas e a Atiaia disseram que as parcerias são uma boa oportunidade de negócio dentro das suas áreas de atuação.
V.Tal
A V.tal atua na oferta de soluções de infraestrutura para outros prestadores de serviços de telecomunicações, a partir do compartilhamento de rede de fibra ótica.
No mercado desde 2021, a companhia surgiu por meio de uma reorganização empresarial ocorrida no grupo Oi, no contexto do seu primeiro processo de recuperação judicial, e que envolveu a aquisição, por fundos de investimento geridos pelo BTG, de Unidade Produtiva Isolada (UPI) na qual foram alocados os ativos de fibra ótica que anteriormente pertenciam à Oi.
Atualmente, a V.tal é controlada pelos fundos do BTG, que detém 65% de participação, e possui a Oi como um acionista, com participação societária superior a 20% de seu capital social.