O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a formação de consórcio voltado à autoprodução entre a Engie e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A parceria será submetida à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O acordo já havia sido divulgado, sendo uma estratégia da empresa de saneamento paratornar sua operação mais sustentável, eficiente e reduzir custos. Em comunicado divulgado em maio, a Sabesp destacou que tem negociado term sheets (memorando de entendimentos) com desenvolvedoras no setor de energia renovável para a criação de consórcios voltados à exploração de projetos de autoprodução de energia elétrica de fontes renováveis. Recentemente, a MegaWhat antecipou que a empresa estuda parceria de 15 anos em autoprodução com a Casa dos Ventos.
Com a Engie, a Sabesp analisa parceria nas UFVs Assú Sol 6,11, 13,14 e 15, localizadas no município de Assú, no Rio Grande do Norte. Os projetos possuem 50 MW de capacidade instalada cada e estão em fase de operação em teste e em construção.
Ao Cade, o grupo Engie informou que a aperação representa oportunidade de negócio, em linha com a sua estratégia de desenvolvimento, implantação e operação de projetos de geração, em especial em projetos de fontes limpas e renováveis
Complexo Assú Sol
O conjunto fotovoltaico Assú Sol, que iniciou a fase de implantação no terceiro trimestre de 2023, será composto por 16 parques fotovoltaicos, com capacidade instalada de aproximadamente 752 MWac (895 MWp) e capacidade comercial estimada em 228,7 MW médios. A energia gerada do parque está sendo totalmente direcionada para o mercado livre de energia.
A Aneel autorizou a entrada em operação comercial da primeira usina do conjunto em 8 de janeiro de 2025.
“Com um investimento total de aproximadamente R$ 3,3 bilhões, a entrada em operação comercial da primeira usina do Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, dezoito meses após o início da implantação, está alinhada com nosso cronograma e reforça nosso compromisso com a excelência”, comentou Eduardo Takamori, diretor financeiro e de relações com investidores da Engie Brasil, em comunicado da época.