A Nexus, empresa produtora de ligas de manganês, adquiriu participação acionária na sociedade de propósito do projeto eólico Canoas 3 (34,6 MW), atualmente detida pela Neoenergia Renováveis.
O acordo busca a autoprodução de energia elétrica por equiparação e foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sendo um dos cinco contratos validados pelo órgão antitruste nesta modalidade nesta terça-feira, 3 de junho.
A planta eólica é uma sociedade de propósito específico detentora da autorização para implantar e explorar, sob o regime de produção independente de energia elétrica. O ativo está localizado entre os municípios de São José do Sabugí, Santa Luzia e Junco do Seridó, no estado da Paraíba.
O valor da transação, o prazo contratual e o volume de energia fornecida não foram divulgados pelas empresas.
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Para justificar o acordo, a Nexus disse ao Cade que utiliza, como um dos insumos no seu processo produtivo, uma “grande quantidade” de energia elétrica e, com isso, tem interesse em realizar investimento na autoprodução, de modo a viabilizar o atendimento de parte da sua demanda, valendo-se dos benefícios da equiparação de consumidores livres a autoprodutores, conforme a legislação em vigor.
A empresa também destacou o uso da fonte renovável para manter o seu compromisso com a sustentabilidade e a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Companhia de ligas
A Nexus é uma empresa produtora de ligas de manganês, uma espécie de ferroliga, além de pó de despoeiramento, escória de manganês, rejeito de beneficiamento (lama de lavagem de minério) e minério de manganês com granulometria fina (sinter feed), atendendo clientes em quase todas as regiões do país. A companhia é detida pela Axios Participações.
