(Atualizado em 03/06/2025, às 14h, para corrigir informações. O Cade aprovou uma opção de compra que pode ou não ser exercida pela Paraná Xisto. O pedido ao órgão antitruste representa uma fase preliminar de um processo ainda em andamento)
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou que a Eletrobras CTG outorgue opção de compra à empresa Paraná Xisto para aquisição de até 75% das ações com direito a voto de emissão da sociedade de propósito específico (SPE) Nova Era Eólica Sulista. O ativo detém autorização para a geração no parque eólico de Coxilha Negra 3, localizado no estado do Rio Grande do Sul.
O processo envolve a autoprodução de energia e foi objeto de publicação do Cade no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira, 3 de junho.
A porcentagem de 75% representará, se a operação avançar, até 90% do capital total da SPE. No entanto, as empresas informaram que a operação não implicaria a transferência à Paraná Xisto ou o compartilhamento entre as companhias do controle da SPE Nova Era, que permanecerá integralmente sob titularidade da Eletrobras no cenário pós-operação.
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Justificativa da operação
O valor da potencial transação, o prazo contratual e o volume de energia fornecida não foram divulgados pelas empresas.
A Eletrobras disse ao Cade que a operação estaria em linha com sua estratégia empresarial, que envolve, dentre outras iniciativas, buscar a rentabilidade de seus investimentos mediante o uso de seus ativos no contexto de autoprodução por equiparação.
Já a Paraná Xisto informou que o acordo estaria alinhado com seus objetivos de sustentabilidade e diversificação da matriz energética.
“A autoprodução de energia sustentável está integrada à nossa cadeia produtiva, fortalecendo nossa infraestrutura energética, reduzindo os custos operacionais e aumentando a previsibilidade dos gastos em nossas atividades”, disse a companhia.
A Paraná Xisto é uma empresa atuante no setor de extração e processamento de xisto e produção de derivados de petróleo (óleo combustível, gás combustível, nafta, gás liquefeito petróleo (GLP) e enxofre).
Ela é integrante do grupo Forbes & Manhattan, o qual, por sua vez, é controlado por uma companhia canadense que investe e administra empresas públicas e privadas com foco global nos setores de recursos, agricultura, tecnologia e telecomunicações.