A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou novas empresas a exercerem a atividade de importação de gás natural (GN) e de gás natural liquefeito (GNL). As autorizações constam da edição de hoje, 24 de junho, do Diário Oficial da União.
Para a atividade de importação de gás natural, foram autorizadas as empresas Delta Geração de Energia e Delta Comercializadora de Gás, Âmbar Energia e Âmbar Comercializadora de Gás, além da EBrasil LNG Comercializadora e Shell Brasil Petróleo. O gás será importado da Bolívia, por meio de gasoduto entre os países, sendo a entrega no Brasil feita em Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
A Delta Geração foi autorizada a um limite de até 1,36 milhão de m³/dia, potencialmente destinados à UTE William Arjona, com 177 MW de potência instalada, enquanto a Delta Comercializadora foi autorizada a um volume de até 2 milhões de m³/dia, podendo abastecer usinas termelétricas de forma geral.
Da mesma forma, as empresas Âmbar Energia e Âmbar Comercializadora ficaram tiveram autorização para um volume de até 10 milhões de m³/dia, tendo como mercado potencial os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Já a EBrasil foi autorizada a importar um volume de até 15 milhões de m³/dia, tendo como mercado potencial a demanda de gás natural de distribuidoras do Centro-Sul do país, nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Por fim, a Shell Brasil foi autorizada a um volume máximo de até 14 milhões de m³/dia, tendo como mercado potencial o segmento termelétrico, distribuidoras e consumidores livres nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
Para a importação de gás natural liquefeito no mercado spot, feito por vias marítimas, os volumes diários autorizados foram maiores que os volumes aprovados para importação de GN, e a origem do GNL pode ser de diversos países produtores.
Nesse contexto, a CH4 Energia foi autorizada a importar um volume de até 21 milhões de m³/dia de gás natural regaseificado, sendo o Nordeste o seu mercado potencial e o Porto de Suape, em Pernambuco, o seu local de entrega. Já a Compass Comercialização ficou autorizada a um volume máximo de até 23,6 milhões de m³/dia de GNL, para entrega a distribuidoras, consumidores livres e termelétricas, com o produto sendo entregue no Terminal de Regaseificação da Bahia (TRBA).
A Âmbar Comercializadora ficou, ainda, autorizada a importar um volume máximo de 7 milhões de m³/dia de gás natural regaseificado, tendo como mercado potencial a UTE Cuiabá (MT) e local de entrega os terminais marítimos da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, de Pecém, no Ceará, e o TRBA. Já a Shell Brasil ficou autorizada a importar um volume de até 20 milhões de m³/dia de gás natural regaseificado, tendo como mercado potencial o segmento termoelétrico, distribuidoras e consumidores livres nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país, e como local de entrega o TRBA.