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Cade aprova compra de hidrelétricas pela Engie

Operação foi anunciada pela companhia em março deste ano e envolve R$ 2,9 bilhões

Hidrelétrica da Engie
Hidrelétrica da Engie

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra das hidrelétricas Santo Antônio do Jari e da Cachoeira Caldeirão pela Engie Brasil. A operação, que ainda depende do aval da Agência Nacional de Energia Elétrica, foi anunciada pela companhia em março deste ano e envolve R$ 2,9 bilhões.

Localizada no rio Jari, entre os municípios de Laranjal do Jari, no Amapá, e Almeirim, no Pará, a UHE Santo Antônio do Jari conta com 393 MW de capacidade instalada, enquanto Cachoeira Caldeirão está localizada no rio Araguari, em Ferreira Gomes, no Amapá, com 219 MW.

Os ativos estão totalmente contratados no mercado regulado. A concessão de Santo Antônio do Jari tem vencimento em 2045, enquanto a de Cachoeira Caldeirão, possui outorga até 2048. As usinas eram detidas igualmente (50%/50%) pelas empresas EDP Energias do Brasil e China Three Gorges Brasil.

Aquisição da Engie

Para o Cade, a Engie disse que a operação representa oportunidade de negócio, em linha com a sua estratégia de expansão do portfólio de projetos de geração de energia renovável.

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As usinas serão integradas ao parque gerador da Engie que hoje conta com 11,3 GW, a partir de 115 usinas, sendo 11 hidrelétricas e 104 de centrais a biomassa, PCHs, eólicas e solares.

Rotação de ativos

A EDP e CTG disseram ao órgão antitruste que operação poderá contribuir para o desenvolvimento dos negócios, além de possibilitar a realocação de seus recursos para poderem concentrar seus esforços em outros “projetos de interesse”.

No anúncio de compra, a EDP destacou que a operação faz parte da estratégia de rotação de ativos da empresa no Brasil, e corresponde à R$ 1,143 bilhão (equity value).