
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou as operações de autoprodução entre a Casa dos Ventos e a Origem Energia, e da Neoenergia com a Ambev. As decisões são revelam as participações dos consumidores no modelo de autoprodução ou o valor dos contratos.
A Origem Energia fechou acordo com a Casa dos Ventos, garantindo o exercício de opção de compra de participação acionária na TGR Subholding 7, atualmente detida pela Ventos de São Rafael Energias Renováveis.
A Ventos de São Rafael é uma subsidiária integral da Casa dos Ventos, detentora de projeto eólico com capacidade instalada de 63 MW, que integra o Complexo Serra do Tigre. O complexo é formado por 12 parques, localizado nos municípios de Campo Redondo, Currais Novos, Lajes Pintadas e São Tomé, todos no Rio Grande do Norte, e está atualmente em fase de construção.
De acordo com os autos do processo, para a Origem, o investimento em autoprodução de energia elétrica possibilitará a obtenção de energia por meio de uma fonte de energia renovável, o que significa redução nos seus custos com energia elétrica, além de ganhos de sustentabilidade.
Atualmente, o grupo Origem opera 32 concessões nos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte, com mais de 480 quilômetros de dutos para escoamento de gás natural para país. Além disso, o grupo está desenvolvendo uma termelétrica, a ser implantada no Polo de Alagoas, com capacidade instalada de 480 MW.
Aprovação do Cade para a Neoenergia
A operação consiste na aquisição, pela Ambev de participação acionária detida pela Neoenergia Renováveis nas sociedades de propósito específico Oitis 3, Oitis 5 e Oitis 7, com o objetivo de viabilizar a autoprodução de energia elétrica por equiparação.
As SPEs são controladoras dos parques eólicos de mesmo nome localizados no município de Dom Inocêncio, e já operacionais.
De acordo com a justificativa da Ambev ao Cade, a operação permitirá a utilização a energia gerada pelos projetos no modelo de autoprodução por equiparação, para fins de autoconsumo, com o objetivo de reduzir seus custos operacionais e fortalecer sua estratégia de sustentabilidade e maior previsibilidade no suprimento de energia no longo prazo.
Confira essa e outras operações aprovadas pelo Cade no Destaques do Diário.