Autoprodução

Casa dos Ventos poderá fechar quarto acordo para fornecer energia à Rima

Parque eólico da Casa dos Ventos
Parque eólico da Casa dos Ventos

A Casa dos Ventos está mais perto de fechar sua quarta operação com a Rima Industrial, empresa de produção e comercialização de ligas à base de silício e magnésio. Dessa vez, o contrato autorizado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) prevê o exercício de opção de compra pela metalúrgica nas sociedades de propósito específico (SPEs) responsáveis por eólicas no Ceará.

Com a operação, a Rima passará a deter participação na TGR Subholding 1, dona das ações das SPEs Bertilla, responsável pela outorga do parque eólico Ventos de São Rafael 03 (63 MW), e Isabel, que detém outorga eólica Ventos de São Rafael 06 (58,5 MW).

As informações sobre a participação e valor envolvido na operação não foram reveladas em parecer do Cade.

O grupo Rima explicou ao conselho que a aquisição de participação é uma oportunidade de autoproduzir e gerar energia sustentável de forma integrada à sua cadeia produtiva. Para o grupo Casa dos Ventos, por sua vez, representa uma oportunidade de investimento para expandir seus projetos de produção de energia renovável no Brasil.

As parcerias entre Casa dos Ventos e Rima          

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Em dezembro de 2024, as empresas fecharam acordo de R$ 1 bilhão para fornecimento de energia do complexo eólico Serra do Tigre, em construção no Rio Grande do Norte e que terá potência instalada de 756 MW. O contrato tem início em 2026, com prazo de 15 anos.

As empresas ainda foram autorizadas numa operação, em julho de 2024, e que envolveu o aumento da participação Rima em quatro eólicas, que somam 268,6 MW, da Casa dos Ventos.

A parceria foi firmada em agosto de 2022 com as eólicas Ventos de Santa Leia 01, 03, 05 e 13, instaladas nos municípios de Caiçara do Rio do Vento e Lajes, no Rio Grande do Norte.

A metalúrgica

O grupo Rima desenvolve atividades nos segmentos industrial, no qual transforma matérias-primas brutas em matérias-primas processadas; agropecuário, por meio da preservação, seleção e aprimoramento genético de várias raças de equinos e bovinos; e florestal, em que desenvolve ações no sentido de conciliar florestas plantadas com a preservação e proteção dos recursos naturais.

Em relação ao setor de energia, além dos ativos da Casa dos Ventos, a empresa firmou parcerias nos projetos solares Paracatu, de titularidade da Comerc, e Belmonte, de responsabilidade do grupo Cobra, com foco em autoprodução.

Casa dos Ventos e Cimento Nacional

A A Casa dos Ventos e a Cimento Nacional, subsidiária da Buzzi SpA, firmaram uma parceria na qual permitirá que a Cimento Nacional se torne autoprodutora de energia renovável. O novo contrato é uma ampliação da relação entre as duas empresas. A Cimento Nacional já era cliente da Casa dos Ventos no mercado livre de energia.

O contrato prevê o fornecimento de 65 MW médios de energia eólica durante o período de 15 anos, a partir de dois empreendimentos: o complexo eólico Serra do Tigre e Babilônia Sul.