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Companhia Nacional de Cimento avalia autoprodução com eólicas da Casa dos Ventos

Para a Casa dos Ventos, a venda pode ajudar a expandir seus investimentos para outros projetos

Cimento Nacional unidade Sete Lagoas (MG). Divulgação
Cimento Nacional unidade Sete Lagoas (MG) | Divulgação

A Companhia Nacional de Cimento (CNC), subsidiária do grupo Buzzi, protocolou proposta de futuro exercício de opção de compra de projetos eólicos da Casa dos Ventos no Nordeste. O pedido foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sem restrições, e tem por objetivo a autoprodução nas unidades da cimenteira.

O acordo compreende a compra, pela CNC e pelas suas duas subsidiarias – Companhia de Cimento da Paraíba e Companhia de Cimento Campeão Alvorada – de participações acionárias atualmente detidas diretamente pela Casa dos Ventos na sociedade de propósito específico Ventos de Santa Jacinta e na TGR Subholding 4, controladora direta dos ativos Ventos de Santa Doroteia e Ventos de Santa Cristina.

Ao Cade, a Cimento Nacional argumentou que a proposta é uma oportunidade para a companhia beneficiar-se da autoprodução de energia a ser utilizada em seu processo produtivo. Para a Casa dos Ventos, a venda pode ajudar a expandir seus investimentos para outros projetos de produção de energia renovável no Brasil.

Companhia de cimento

Com cinco fábricas de cimento de ciclo completo, duas unidades de moagem com capacidade total de produção de mais de 7,2 milhões de toneladas/ano, e quatro terminais de distribuição, a CNC passou a ser 100% controlada pela italiana Buzzi em outubro de 2024, por R$ 1,7 bilhão.

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Antes da operação, a Buzzi era sócia de Ricardo Brennand na empresa desde 2018.

Também recebeu aval do Cade

O órgão antitruste aprovou a constituição de uma jointventure entre as empresas Marubeni Corporation e Hitachi Construction Machinery, mediante a criação de uma sociedade de propósito específico japonesa de controle compartilhado entre as partes (participações 50/50) denominada ZAMine Latam Holdings, que, por sua vez, será a única controladora de uma sociedade limitada brasileira denominada ZAMine Service Brasil.

O grupo japonês Marubeni atua em comércio e investimentos, atuando na comercialização de produtos e prestação de serviços em setores como bens de consumo, energia e transporte.

Já a empresa da Hitachi, fabricante de origem japonês com atuação global, possui atividades ligadas ao desenvolvimento, fabricação, vendas e serviços relacionados a escavadeiras hidráulicas, carregadeiras, máquinas para construção de estradas e equipamentos de mineração. 

Com a jointventure, a companhia pretende ampliar suas operações no setor de mineração, especialmente nas Américas, para “aproveitar o crescimento esperado nos setores de mineração de cobre, minério de ferro e ouro”.