A Eletrobras recebeu nesta terça-feira, 18 de fevereiro, o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para compra de participação de 51% na Eletronet, que opera mais de 17 mil quilômetros de fibra óptica no país em rede integrada às linhas de transmissão de energia elétrica operadas pela Eletrobras. Anunciada no final de 2024, a aquisição permitirá a integração comercial pela empresa de serviços de energia e transporte de dados, como data centers, provedores e inteligência artificial etc.
Por meio da Eletropar, a Eletrobras já detinha 49% da Eletronet, e com a transação passa a ser controladora integral da companhia. Ao Cade, a empresa disse que a operação proporcionará sinergias comerciais para o grupo, além de estar alinhada com os seus objetivos estratégicos de otimização de participações minoritárias, simplificação de estrutura, geração de valor e foco na disciplina de capital, conforme previsto em seu plano estratégico.
Já a Bandeirante Empreendimentos (LT Bandeirante), que até então detinha 51% da Eletronet, afirmou ao órgão antitruste que a operação está alinhada à estratégia de focar em suas atividades principais, ao mesmo tempo em que representa uma oportunidade relevante de capitalização.
A operação, que não teve valores divulgados ao mercado, está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Estatuto social
A Eletrobras também recebeu aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para realizar alterações do seu estatuto social.
Uma assembleia geral extraordinária (AGE) foi convocada pela empresa para 26 de fevereiro para aprovar um conjunto de reformas no seu estatuto social, visando à consolidação de práticas de governança corporativa.
Entre as alterações, a assembleia discutirá um aumento no número de cadeiras no conselho de administração e a inclusão da atuação no mercado varejista de energia no seu objeto social.