A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aprovou a emissão da outorga de direito de uso de recursos hídricos de cinco usinas hidrelétricas interessadas em participar do leilão de reserva de capacidade. Os pedidos foram aprovados na reunião dos diretores da autarquia um dia antes do Ministério de Minas e Energia (MME) cancelar a realização do certame, marcado para junho, em meio a uma onda de judicialização sobre as regras.
A Enel Green Power recebeu o aval para a hidrelétrica Cachoeira Dourada, com vistas à ampliação do número de unidades geradoras de dez para 11, resultando no aumento da capacidade instalada atual de 658 MW para 756 MW. O empreendimento, que opera a fio d ‘água, está localizado no rio Paranaíba, no município de Cachoeira Dourada, no estado de Goiás.
Entre os municípios de Santa Vitória (Minas Gerais) e São Simão (Goiás), também no rio Paranaíba, a Spic Brasil recebeu autorização para o projeto da UHE São Simão, com foco no aumento da capacidade instalada para majorar o valor de vazão máxima turbinada, dos atuais 2.550 m³ por segundo para 3.020 m³ por segundo, por meio de incremento de uma unidade geradora, resultando em uma potência instalada total de 2.025 MW.
Para ambos os processos, o aumento da capacidade dos projetos só será possível caso vençam o leilão de reserva de capacidade. Com a suspensão do certame, a MegaWhat apurou que, para garantir o leilão em 2025 e evitar riscos de déficit de potência a partir de 2028, o MME espera fazer uma consulta pública mais curta, possivelmente com duração de 15 dias, antes de avançar com celeridade nos demais ritos do leilão, diferentemente do que aconteceu em 2024.
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