A Eneva poderá fechar a compra de até 2,4 GW em térmicas da Ceiba Energy, por meio das seis Sociedades de Propósito Específico (SPEs) detentoras do Projeto Jandaia, composto de licença prévia para construção de novas usinas, das quais 1,7 GW possuem licença de instalação, e pré-acordos para desenvolvimento dos projetos.
A operação foi anunciada em abril deste ano e dependia de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), concedido conforme despacho publicado nesta quarta-feira, 21 de maio, além de outras aprovações regulatórias.
Após o fechando da operação, a Eneva terá a participação integral no capital social das usinas, que serão implantados nos municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante, no estado do Ceará.
Para o Cade, a Eneva justificou que a operação representa uma oportunidade de geração de valor, através da incorporação ao seu portfólio de um projeto aderente à sua estratégia de negócio, “trazendo opções futuras para a companhia”.
Hoje a companhia possui capacidade de geração de 7,2 GW, com 6,8 GW contratada, incluindo termelétricas nos estados do Maranhão, Ceará, Sergipe, Roraima, Espírito Santo e o Complexo Solar Futura, na Bahia.
A Ceiba Energy explicou ao Cade que a negociação é uma oportunidade para capitalizar o investimento realizado no Projeto Jandaia.
Ceiba Energy
Em 2023, a empresa vendeu o contrato de 1,6 GW da UTE Portocém para a New Fortress Energy (NFE). A venda ocorreu após a Shell desistir do suprimento de gás natural da usina.
No ano seguinte, a Ceiba e a Companhia de Gás do Ceará (Cegás) assinaram um termo de compromisso para distribuição de gás natural a usinas térmicas localizadas no Pecém, e que agora foram vendidos à Eneva.
O investimento previsto pela companhia no projeto Jandaia era de R$ 7,6 bilhões, com o objetivo de ser listado no próximo leilão de reserva de capacidade de potência, a ser realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).