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Eólicas da AES Brasil têm operação parcialmente suspensa no Piauí

As decisões foram publicadas, via despachos, pela Agência Nacional de Energia Elétrica no Diário Oficial da União desta terça-feira, 28 de maio.

Crédito: Divulgação AES Brasil
Crédito: Divulgação AES Brasil

O complexo Eólico Ventos do Araripe I, de titularidade da AES Brasil, teve a operação comercial parcialmente suspensa de 13,33 MW após a verificação da presença de gases inflamáveis em um dos transformadores, localizado no ponto de conexão entre três parques, a subestação Chapada I de 230 kV. As decisões foram publicadas, via despachos, pela Agência Nacional de Energia Elétrica no Diário Oficial da União desta terça-feira, 28 de maio.

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A presença do gás no transformador de 120 MVA foi detectada pela empresa em novembro de 2023, conforme informações da nota técnica da agência. Inicialmente, o episódio resultou na suspensão de 120 MW de potência instalada dos parques eólicos do complexo Ventos de Santo Onofre I, Ventos de Santa Joana VI e XIV, instalados nos municípios de Simões e de Caldeirão Grande do Piauí, no estado do Piauí. Os projetos compõem o complexo Ventos do Araripe, que soma 210 MW de capacidade instalada, diluídos em sete parques eólicos operacionais, contratados no ambiente regulado (ACR).

A previsão era que retorno da operação comercial ocorreria dias após a suspensão, contudo, em janeiro deste ano, a AES Brasil apresentou informações atualizadas para a Aneel informando sobre realização de testes no equipamento, cujo resultado determinou a necessidade de reparo em fábrica, com previsão da conclusão estimada até fevereiro de 2025. Na carta, a companhia informou ainda que estava tomando providências para a instalação de um transformador substituto de 34,5 MVA em caráter temporário, com instalação prevista para fevereiro de 2024.

“Alarme em 1º estágio do relé de gás Buchholz, sendo necessário realizar o teste de chama onde foi constatado gás dentro do transformador. Logo, foi preciso mantê-lo desenergizado e isolado para as devidas correções. Após a realização de testes complementares, foi constatada presença de gás dissolvido no óleo no transformador, o que caracterizou grave defeito interno no equipamento, tornando-o indisponível para operação, sendo necessário, portanto, o envio do transformador para reparo em fábrica”, disse a AES em ofício à agência reguladora.

Em março, a AES enviou outro ofício a Aneel sobre a energização do transformador substituto. A substituição temporária elevou a capacidade para 197 MW, ou seja, para uma disponibilidade de 86,67% da potência dos parques – apenas a eólica Ventos de Santo Onofre II , que também estava na análise de interrupção inicial, saiu da avaliação da suspensão. No momento, a ocorrência no equipamento deixou 13,3 MW, diluídos entre as usinas Ventos de Santo Onofre I e Ventos de Santa Joana VI e XIV, indisponíveis. A previsão de retorno da operação comercial das plantas é em março de 2025.

Segundo a empresa, o transformador temporário vai operar durante o período de reparo do equipamento danificado para viabilizar o escoamento de parte da geração das eólicas do complexo Ventos do Araripe I. A AES também comunicou à Aneel que a instalação do transformador resultará em alterações na configuração da conexão das usinas no setor de 34,5 kV da subestação Chapada I, com destaque para a eólica Ventos de Santo Onofre III, que será temporariamente conectada a uma barra associada a outro transformador da subestação, devido à capacidade reduzida do equipamento interino.

De acordo com a companhia, apesar da suspensão e do transformador substitutivo de potência menor, a indisponibilidade será “pouco perceptível ao sistema”.

Retorno

A Aneel aprovou o restabelecimento da operação comercial das unidades geradoras UG1 e UG2, somando 1 MW, da CGH Rio Novo, outorgada à Santa Cruz Geração de Energia, subsidiária da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).

A usina, localizada no município de Avaré, em São Paulo, estava com a operação suspensa após constatação da agência de que não gerava energia elétrica desde julho de 2021. Na época, a CBA justificou à Aneel que a CGH Rio Novo está localizada na bacia do rio Paranapanema, castigada pela crise hídrica desde 2018, com impacto considerável em sua geração. Além disso, a companhia informou que em 2020 foram observadas pequenas infiltrações no canal de adução.

Segundo a nota técnica da Aneel, a planta tem gerado energia desde maio de 2024, permitindo o restabelecimento da sua operação comercial.