
A Equinor e a PUC-Rio inauguraram o novo Laboratório de Geomecânica de Rochas do Grupo de Tecnologia em Energia e Petróleo. A inauguração aconteceu nesta quarta-feira, 9 de julho, após o laboratório passar por reformas e receber novos equipamentos que serão aplicados em pesquisas sobre a mecânica e a dinâmica de rochas do pré-sal brasileiro. A Equinor deve investir um total de R$ 21 milhões no projeto, por meio da cláudula de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) da Agência Nacional do petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Equinor é operadora do campo de Bacalhau, que é o primeiro projeto no pré-sal operado por companhia estrangeira. Amostras de rochas do campo devem passar por testes e avaliações no projeto com a PUC-Rio. “O novo laboratório e a linha de pesquisa serão, sem dúvidas, muito importantes para nossas operações no pré-sal. Estamos contribuindo com a pesquisa por meio de amostras e dados de campo, além de intercâmbio de experiências entre a universidade e a Equinor”, disse a gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Equinor Brasil, Andrea Achoa.
Como será o projeto da Equinor e PUC-Rio
Com a colaboração por meio da cláusula de PD&I, o laboratório da PUC-Rio passa a contar com equipamentos de última geração, como a nova e customizada prensa triaxial. O aparelho tem capacidade de realizar ensaios simulando diversos cenários de pressão e temperatura em amostras de rochas carbonáticas e salinas do pré-sal, com o objetivo de prever o comportamento de reservatórios durante operações de produção e injeção ao longo da vida útil dos campos. Amostras de rochas do campo de Bacalhau, por exemplo, serão testadas dessa forma, e seus dados poderão otimizar as atividades offshore da companhia.
A colaboração também ocorrerá por meio da troca de experiências entre pesquisadores da PUC-Rio e funcionários da Equinor. Segundo a empresa, as equipes multidisciplinares do Brasil e da Noruega atuarão juntas com o objetivo de ampliar o banco de dados de rochas, a fim de apoiar as modelagens geomecânicas necessárias para a exploração de campos de petróleo no pré-sal brasileiro, como a estabilidade de poços, por exemplo, o que contribuirá não só para a companhia, mas para todo o setor que atua na região.
No total, a companhia conta investimentos de cerca de R$ 640 milhões em projetos de PD&I no país, e tem cerca de 38 projetos em andamento, envolvendo tecnologias de petróleo, energias renováveis e soluções de baixo carbono. Além de Bacalhau, a Equinor é operadora de Raia, na Bacia de Campos, e participa do campo de Roncador, que tem operação da Petrobras. Em renováveis, a Equinor responde pelos complexos solares Apodi e Mendubim e em 2023 comprou a Rio Energy, responsável pelo complexo híbrido Serra da Babilônia.
ANP autoriza mais R$ 120 milhões em PD&I
Nesta semana, a ANP publicou novas autorizações para investimentos em PD&I por petroleiras. A Petrobras investirá R$ 10 milhões no Laboratório de Engenharia de Fluidos da PUC-Rio e R$ 1,5 milhão em projeto com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Além disso, as empresas Petrobras, TotalEnergies, Shell Brasil, CNODC Brasil e CNOOC Brasil poderão investir R$ 72,3 milhões em projeto do Senai/Cimatec da Bahia.
A Petrobras também recebeu autorização para investir R$ 36,2 milhões em estruturas do seu centro de pesquisas, o Cenpes.