O Sistema Interligado Nacional (SIN) ganhou 809,01 MW de capacidade instalada no mês de outubro, desacelerando a expansão registrada em setembro, quando cerca de 1,7 GW entraram em operação comercial.
Desse valor, entram na conta a plena operação comercial das termelétricas Betânia – CGA (1,408 MW) e Auto Geração Azulão (24,15), assim como das hidrelétricas Juba I (42 MW) e Juba II (42 MW).
O grande destaque, contudo, continua nas fontes renováveis, principalmente a solar fotovoltaica, que superou a eólica por pouco no período. A fonte solar fotovoltaica somou 322 unidades geradoras e 350,8 MW, enquanto entraram em operação comercial no mês passado 74 eólicas, com 313,22 MW,
Também foram liberadas usinas a biomassa, gás natural e óleo combustível num total de 60,43 MW, e uma central geradora hidrelétrica (CGH), com 0,6 MW.
Foram liberadas para operação em suas potências totais as quatro usinas do Complexo Solar Pereira Barreto (167,6 MW), da EDP Renováveis, e as duas últimas usinas do Complexo Sol do Sertão, sendo elas a Sol do Sertão XIV, com 20,41 MW, e a Terra do Sol VII, com 54,42 MW, de titularidade da Essentia Energia.
Os números constam no levantamento mensal da MegaWhat feito com base nos dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e publicados no Diário Oficial da União.
Também vale ressaltar a entrada em operação por tempo determinado das térmicas Termonorte I, com 64 MW, e Termonorte II, com 349 MW. O aval vai até o dia 31 de março de 2022.
Por estado, o Rio Grande do Norte teve a maior nova potência instalada no mês, com 232,9 MW totais. Na sequência, aparecem os estados da Bahia, com 176,56 MW, e São Paulo, com 167,6 MW. No caso paulista, esse montante é reflexo da entrada em operação do Complexo Solar Pereira Barreto.
PIE
As autorizações para produção independente de energia elétrica mais que dobraram em outubro na comparação com o mês anterior. Foram autorizadas 258 usinas sob o regime, somando cerca de 10,9 GW de capacidade instalada, enquanto em setembro foram aprovadas 123 usinas e pouco mais de 4 GW.
A fonte solar fotovoltaica apresentou o maior volume de energia e número de projetos, com 230 usinas e 10 GW de potência, enquanto termelétricas representaram 14 usinas, num total de 453,78 MW, e outras 11 eólicas somaram 402,9 MW.
Por estados, o destaque foi Minas Gerais, com mais de 2,8 GW de potência, seguido pela Bahia, com cerca de 2,65 GW, e pelo Ceará, com quase 1,6 GW.
DRO
Os pedidos de requerimento de outorga (DRO) do mês passado continuaram com volume expressivo, somando 20.443,32 MW em outubro por meio de 492 usinas. Os registros mostraram nova aceleração dos pedidos de outorga quando comparados ao total requisitado em setembro, quando totalizaram 12.869,58 MW.
Do montante registrado, a fonte solar fotovoltaica respondeu por cerca de 16,7 GW dos pedidos de outorga, em 410 usinas. Em segundo lugar, a energia eólica totalizou 2,7 GW dos pedidos de outorga no mês que terminou. Também houve pedidos para térmicas a gás natural, somando 928,28 MW, a biomassa, com 44,57 MW, e a óleo combustível, com 44,24 MW.
No ranking por estados, Bahia ocupa a primeira posição, com quase 5,9 GW. Na sequência, o estado do Ceará aparece com quase 3,86 GW, enquanto a Paraíba, com mais de 2,7 GW de capacidade instalada, ocupa o terceiro lugar.
Incentivos fiscais
No mês de outubro, menos projetos receberam incentivos fiscais para sua construção no Brasil na comparação com o mês imediatamente anterior. Foram 26 projetos de geração, somando mais de 952,47 MW de capacidade, e 5 de transmissão, enquadrados no Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi).
A fonte solar foi novamente responsável pela maioria da geração, com 479,4 MW de capacidade instalada em 10 usinas. Completam as autorizações do mês outras 11 usinas eólicas, somando 402,9 MW, uma térmica a biomassa, com 26 MW, e duas CHGs, somando 6,2 MW.
No regime prioritário de incentivos, foram autorizados apenas oito projetos de geração, somando 357 MW da fonte solar fotovoltaica no estado de Minas Gerais, além de dois projetos de distribuição e três de transmissão.
Empresas
No total, três empresas foram autorizadas no segmento de comercialização, sendo duas de energia elétrica – Eleven Energia Comercializadora e Statkraft – e uma de gás natural, a Excelerate Energy Comercializadora.
Assim como nos últimos meses, não houve autorizações para novas distribuidoras de gás natural, nem de nova importadora ou exportadora de gás natural, gás natural liquefeito ou de energia elétrica interruptível.
Por fim, duas novas carregadoras de gás natural foram autorizadas a atuar no país, a Aruanã Energia e a Aperam Inox América do Sul.