O grupo Anaconda adquiriu uma participação de 8%, via ações ordinárias de classe B, em duas usinas solares fotovoltaicas da Comerc, localizadas em Várzea da Palma, Minas Gerais, com capacidade instalada de geração de 100 MW. Aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a operação abrange um contrato de compra e venda de energia incentivada (PPA, na sigla em inglês), visando o aproveitamento dos benefícios da autoprodução por equiparação.
O contrato abarca as UFVs Hélio Valgas IIIe IV S.A, integrantes de um complexo de mesmo nome. Antes da operação, o controle e a totalidade das ações das plantas eram detidos pelas empresas Ligas de Alumínio (Liasa) e pela Hélio Valgas Solar Participações, sociedade da Comerc Energia.
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Em informações prestadas ao Cade, o grupo Anaconda disse que a energia gerada será usada para suprir parcialmente suas necessidades energéticas. O grupo desenvolve suas atividades a partir da produção de farinha de trigo com atendimento a diversos segmentos de clientes, incluindo os segmentos industrial, doméstico e food service.
O valor da compra não foi divulgado pelas empresas.
Solar no Pernambuco
O Cade também aprovou uma potencial aquisição, pela Pacific Hydro, da maioria do capital social da sociedade Luiz Gonzaga Holding e, indiretamente, de suas controladas, atualmente detida por Canadian Solar Brasil I Fundo de Investimento em Participações.
A Pacific Hydro integra o grupo Spic, que tem uma parceria com a Recurrent Energy, subsidiária da Canadian Solar, no projeto solar Luiz Gonzaga (114 MWp), instalado em Terra Nova, Pernambuco – alvo da operação aprovada no Cade.
Segundo informações divulgadas pelas empresas no início de novembro, a Spic terá 70% de participação na planta, prevista para entrar em operação comercial em novembro deste ano. As empresas não divulgaram o valor da operação no Cade ou se ela envolve a um aumento na participação da Spic.
Como justificativa para a realização da operação, a Pacific Hydro afirmou que é uma chance de expansão da atuação do grupo na geração de energia fotovoltaica para outras áreas geográficas do país. Já para a Canadian, a transação representa uma boa oportunidade de negócio dentro da sua área de atuação de desenvolvimento, construção, operação e gestão de projetos fotovoltaicos.
As requerentes informaram que a operação será notificada perante a autoridade antitruste da China.