Geração

Matriz elétrica deve registrar crescimento de 10,77 GW em 2024

Volume supera a meta traçada pela Aneel de capacidade para este ano, de 10,106 GW

Usina solar da Vivo em Malhada, na Bahia
Usina solar em Malhada, na Bahia | Divulgação Vivo

O Brasil instalou mais de 10,2 GW em novas usinas até 27 de novembro deste ano, volume distribuído entre 279 usinas, entre as quais 273 são renováveis. O volume supera a meta traçada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de capacidade para este ano, de 10,106 GW.

Em nota, a Aneel diz que meta inicial foi ultrapassada com a liberação da unidade 31 da UFV Vista Alegre XII, em 22 de novembro. O projeto é da Atlas Renewable Energy e integra o Complexo Vista Alegre (902 MWp), que tem previsão de entrada em operação em 2025.

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Dados da Secretaria Nacional de Energia Elétrica (SNEE) de outubro, apontam uma nova expectativa de capacidade instalada para 2024, que pode bater 10,773 GW de capacidade instalada, alta de 6,6% em relação aos 10,106 GW.

Solar lidera expansão

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Das 279 usinas liberadas, 273 são renováveis, sendo 134 solares e 114 eólicas, 15 termelétricas à biomassa, oito PCHs e duas CGHs.

Também foram liberadas para operação seis termelétricas para atendimento à segurança operativa do Sistema Interligado Nacional (SIN) e os Sistemas Isolados no norte do país.  

Depois do dia 22

Entre os dias 25 e 28 de novembro, a Aneel liberou para operação comercial 45,22 MW em projetos renováveis.

A Engie obteve aval para a unidade geradora UG6, de 4,5 MW, da eólica Serra do Assuruá 9, localizada no município de Gentio do Ouro, no estado da Bahia.

O projeto faz parte do conjunto eólico Serra do Assuruá, composto por 188 aerogeradores e 24 parques eólicos, que somam 846 MW de capacidade total instalada.

Em Terra Nova, no estado de Pernambuco, a Recurrent Energy, subsidiária da Canadian Solar, conseguiu liberação para as UG1 a UG6 e UG13 a UG18, somando 12 MW, UFV Luiz Gonzaga I; e para as UG1 a UG12, que somam 12 MW, da UFV Luiz Gonzaga II.

As plantas fazem parte do complexo Luiz Gonzaga (114 MWp), parceria entre a Recurrent Energy e a Spic Brasil, que detém 70% de participação na planta. O parque solar fotovoltaico está previsto para entrar em operação comercial em novembro deste ano e envolve R$ 400 milhões em investimentos das empresas.

Por sua vez, a Aratu Energia poderá operar comercialmente as UG1 a UG10, somando 7,21 MW, da PCH Emas Nova, instalada em Pirassununga, no estado de São Paulo.

PCH Verde 2 Baixo conseguiu liberação para operação da UG4, de 2,3 MW. A planta está localizada no município de Rio Verde, no estado de Goiás.

Aval para testes

Em Gentio do Ouro, no estado da Bahia, a Engie poderá realizar testes nas UG5 a UG9, somando 22,5 MW, da eólica Serra do Assuruá 16.

Também no estado, mas na cidade de Várzea Nova, receberam aval as UG7 e UG8, totalizando 9 MW, da eólica Ventos de Santa Luzia 14.

A japonesa Toda Energia obteve aval na modalidade para as UG3 a UG5, num total de 17,7 MW, da eólica Casqueira II, no município de Areia Branca, no Rio Grande do Norte.

No município de Santo Antônio dos Lopes, no estado do Maranhão, a Aneel autorizou o teste na UG3, de 92,25 MW, da UTE MC2 Nova Venécia 2.

>> Acompanhe a seção Destaques do Diário para verificar as liberações para operação em teste e comercial das usinas no país.