Autoprodução

Mineradora compra participação em usinas solares da Eneva no regime de autoprodução

A empresa integra o grupo Granha Ligas, que possui 162 MW no regime de autoprodução.

Placas fotovoltaicas / Crédito: Pixabay
Placas fotovoltaicas | Pixabay

A SicBras, produtora de carbeto de silício, comprou participação nas duas usinas solares da SPE Futura 6, da Eneva, que somam 19 MW de capacidade instalada. A operação, que não teve valores divulgados, foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O negócio consiste na opção de compra pela SicBras de até 90% do capital votante da SPE Futura 6, atualmente controlada pela Eneva. Dessa forma, a empresa terá a outorga de uma opção de compra de 100% das ações ordinárias de classe A de emissão da SPE Futura 6 que representarão, na data de fechamento da Operação, 81% do capital total e 90% do capital votante.

A Sicbras está instalada no município de Simões Filho, na Bahia, produzindo carbeto de silício. A empresa é 100% brasileira e detém capacidade instalada de 24 mil t/ano e oferta, integrando o grupo Granha Ligas, cujas empresas atuam principalmente na extração de minério de manganês e commodities utilizadas pela indústria siderúrgica e metalúrgica.

Hoje, o grupo é um autoprodutor de energia com participação em duas sociedades de propósito específico titulares de usinas de geração solar fotovoltaica que já se encontram em operação e outras duas CGHs pré-operacionais, todas localizadas no estado de Minas Gerais. Considerando a entrada das usinas da Eneva, a capacidade instalada total é de 162,01 MW.

Operação de compra

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Como justificativa para a realização da operação, as empresas explicaram que, para o grupo Granha Ligas, ela representa a expansão de sua atuação no setor energético visando, principalmente, à autossuficiência em energia renovável de suas subsidiárias, como a SicBras.

Para o grupo Eneva, a operação está alinhada com sua estratégia de aumentar sua eficiência, otimizando os seus ativos e criando sinergias operacionais com a base nos demais ativos operacionais do grupo, além de representar uma boa oportunidade de negócios.

A princípio, a SicBras pretende utilizar, para consumo próprio, a integralidade dos 90% da energia gerada pela SPE Futura 6 a que terá acesso por meio da operação, sendo que a energia remanescente será liquidada internamente ou comercializada  para alguma outra SPE do Grupo Eneva.