A petroleira Brava Energia conseguiu autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para um acordo de autoprodução de energia com a Engie, para aquisição de 49,9% do capital de usinas eólicas que somam 322,4 MW. As plantas estão localizadas no Rio Grande do Norte, nos municípios de Lajes e Pedro Avelino. Após a fusão, a Engie será controladora da subholding, com 50,1% de participação.
A Brava pretende usar sua parte para abastecimento das instalações do Polo Potiguar, também no Rio Grande do Norte, e que inclui a refinaria Clara Camarão e o Terminal Aquaviário de Guamaré.
Em manifestação ao Cade, a Brava indicou que o negócio possibilitará a obtenção de energia em valores mais competitivos, com redução dos custos associados e consequente aumento da rentabilidade das suas atividades, além de o fornecimento ser por meio de fonte de energia renovável, o que contribui para ganhos de sustentabilidade.
Para a Engie, o negócio representa oportunidade de negócio, em linha com a sua estratégia de desenvolvimento, implantação e operação de projetos de geração, em especial em projetos de fontes limpas e renováveis, segundo explicou a empresa ao Cade.
A aprovação pelo Cade foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira, 11 de setembro.
Petrobras também busca ganhos com energia renovável
A Petrobras é outra petroleira que busca redução de custos e descarbonização por meio de geração renovável. Em 2024, a empresa anunciou a integração de usinas solares em três refinarias, com cerca de 48 MW de potência instalada.
A estatal também já estudou o uso de geração solar para a produção de hidrogênio verde, substituindo a molécula produzida a partir de gás natural.
O planejamento estratégico da companhia prevê a meta de 4,5 GW em geração renovável até 2030. A diretoria da estatal indica que a meta deve ser cumprida sobretudo por meio de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), mas ainda não houve nenhum acordo anunciado.
Nesta semana, a Transpetro, subsidiária da Petrobras, informou que deve implementar geração solar no terminal de Coari, no Amazonas, substituindo assim a geração a diesel. A medida foi um pedido da direção de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, informou a Transpetro.