A Ypê, empresa do segmento de higiene e limpeza, fechou uma nova parceria em autoprodução com a Casa dos Ventos, por meio da aquisição de participação societária em parque solar. A operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta quarta-feira, 4 de dezembro.
A operação envolve o parque Fótons de São Cláudio Energias Renováveis, sociedade de propósito específico (SPE) da Casa dos Ventos, que ainda não está operacional.
Em informações prestadas ao conselho, a Casa dos Ventos destacou que o projeto pertence ao Complexo Babilônia Sul Solar, localizado na Bahia, e possui potência outorgada de 49,99 MW. O objetivo do projeto é operar apenas no ambiente de contratação livre.
Para a Ypê, a operação representa uma oportunidade de ampliar seu acesso à energia renovável e sustentável, em linha com seu compromisso com a sustentabilidade, além de usufruir dos benefícios legais advindos da equiparação como autoprodutor de energia, conforme informações apresentadas ao Cade.
Já a Casa dos Ventos disse ao conselho que a operação é uma oportunidade de investimento para expandir seus projetos de produção de energia renovável no Brasil.
Parceria entre as empresas
A Ypê detém participação societária em projetos eólicos no Nordeste nas SPEs Ventos de Santa Amélia Energias Renováveis e Ventos de Santo Abelardo Energias Renováveis, nas quais a Casa dos Ventos também é acionista.
No início deste ano, a Ypê celebrou parceria com a Casa dos Ventos, por meio de um contrato no valor de aproximadamente R$ 250 milhões na autoprodução remota de energia renovável, com duração até 2039. A parceria envolve o Complexo Eólico Rio do Vento, localizado no Rio Grande do Norte, com 1.038 MW de capacidade instalada.
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Complexo Babilônia Sul Solar
Ao anunciar cerca de R$ 3,5 bilhões em investimentos para entrar no segmento de geração solar centralizada e alcançar 1 GW da fonte até 2026, a Casa dos Ventos também ressaltou que pretendia associar 300 MW de solares às eólicas Babilônia Sul (em operação) e Babilônia Centro (em fase de construção), num total de 553,5 MW de capacidade instalada, localizados entre os munícipios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, na Bahia.
Posteriormente, a pretensão da empresa era dobrar a capacidade solar, com plantas fotovoltaicas junto aos parques eólicos Serra do Tigre e Rio do Vento, ambos no Rio Grande do Norte.
Aval para a Neoenergia
O Cade também aprovou a aquisição de participação acionária, pela CCR, empresa com concessão para operar linhas de trens e metrô em São Paulo, participação acionária em três usinas do complexo eólico Oitis, de responsabilidade da Neoenergia, por R$ 21,7 milhões. O negócio foi anunciado no mês passado pelas empresas.