Distribuição

Acionistas da Ceb aprovam o que pode ser a privatização da distribuidora

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Assembléia autoriza contratação de estudos para venda de ações, mantendo percentual mínimo de 49% com governo do DF

Os acionistas da Ceb aprovaram o que pode ser o processo de privatização da distribuidora da companhia, algo que vinha sendo esperado nos últimos anos, mas que não andou devido a indefinições políticas.

Em assembleia, os acionistas aprovaram a contratação de estudos e modelagem para a venda das ações da Ceb, “mantendo sob a titularidade da controladora o mínimo de 49% de participação societária”, de acordo com documentos divulgados ao mercado no final da última quarta-feira (19/06). Dois acionistas votaram contra a medida.

Também foi aprovada alteração no plano de negócios da companhia a fim de interromper o processo de venda de participações em empresas de geração, bem como captações de recursos para a holding e para a distribuidora, numa nova mudança de rumo.

A medida não significa necessariamente que a Ceb será privatizada, pois após os estudos, a conclusão pode significar uma venda de ações de modo que o governo do Distrito Federal fique com mais de 50% das ações, mas caso seja aprovado o percentual mínimo, a venda das ações passa a ser tratada como privatização.

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A participação do governo distrital na Ceb holding é de 80,2%.

A Ceb vem tentando superar dificuldades financeiras desde 2014, quando uma tentativa de aumento de capital dividiu integrantes do conselho de administração da companhia. Em 2015, a Ceb avaliou a venda de ativos de gás e geração, depois passando a ser, ela própria, objeto de plano de privatização.

A ideia de alienar a distribuidora do Distrito Federal foi abortada e duas alternativas entraram em cena: a retomada da venda de ativos ou a venda de ações do governo até o limite de 49%.

A Ceb holding apresentou lucro consolidado de R$ 89,972 milhões em 2018 (último balanço disponível), 31% abaixo do verificado um ano antes. A distribuidora, porém, teve prejuízo de R$ 33,678 milhões no ano passado, contra lucro líquido de R$ 29,522 milhões em 2017.

Quando a distribuidora teve a concessão renovada, em 2016, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a incluiu numa lista de 16 empresas que deveriam apresentar um plano de melhoria da qualidade no fornecimento do serviço.

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