A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deliberou o reajuste tarifário da Amazonas Energia, a vigorar a partir de 1º/11. A distribuidora que possuía a tarifa mais cara do país, passou para a terceira posição do ranking com um reajuste médio negativo de 5,96%, representando uma queda de 6,4% para alta tensão, e de 5,73% para os consumidores atendidos na baixa tensão.
O índice de perdas não técnicas para a baixa tensão alcançou 81,7%, sendo que 32,2% energia requerida pela empresa é utilizada para atender aos furtos de energia. Tiveram impacto no reajuste a queda de 4,39% dos encargos setoriais e aumento de 2,84% de componentes financeiros, com 5,19% da CVA Energia provocado pela queda de liminar em outubro para contribuição da empresa com o sistema de bandeiras tarifárias.
O diretor Sandoval Feitosa reforçou que o estado do Amazonas tem 93 mil consumidores de baixa renda, mas o potencial do estado é em torno de 470 mil consumidores. “Esse benefício pode reduzir a conta de energia em 65%, é importante uma busca ativa das prefeituras e empresa desses consumidores”, pediu o diretor.
Hoje o custo com compra de energia é responsável por mais de 50% do valor da conta de luz do estado. O Amazonas é o maior estado brasileiro, possui 62 municípios e mais de 1 milhão de unidades consumidoras. Com a conexão do estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) há menos de cinco anos, o Amazonas já possui 24,9% dos consumidores no mercado livre.